Desktop se destaca entre provedores na bolsa, afirma XP

Desktop, operadora de banda larga e serviços digitais

Em relatório da XP divulgado nesta segunda-feira, 1º, a Desktop foi classificada como destaque entre os provedores de banda larga listados em bolsa. A instituição apontou ritmo acelerado de expansão da empresa desde junho de 2021, data de abertura de capital, e uma chamada "assertividade" no plano de expansão orgânica e inorgânica da regional. 

"Um dos fundamentos da tese é a capacidade da empresa de encontrar regiões densamente povoadas, com alta renda e pouca concorrência", afirma o documento, assinado pelos analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini.

Eles entendem que a companhia tem adotado estratégias corretas para a geração de caixa e redução da alavancagem. Dessa forma, a dívida líquida versus Ebitda deve encerrar o ano em 2,0x, bem menor na comparação com 2022 (3,2x).

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Ainda assim, a empresa apresentou uma média de 8 mil adições líquidas por mês, bem abaixo da média apurada em 2021 (+15 mil adições líquidas/mês). Esse movimento levou a uma projeção mais conservadora da XP em termos de crescimento orgânico de HPs (casas passadas) e HCs (casas conectadas).

A competição no mercado de FTTH é apontada como a razão estrutural para a desaceleração recente da base, assim como entre os seus competidores. 

Negócio com a Vivo

Tida como possível alvo para uma compra pela Vivo, a Desktop poderia trazer "valor estratégico" para a incumbente, já que a provedora é líder de participação de mercado no interior do Estado de São Paulo, entende a XP.

"Embora uma pequena aquisição de um provedor de Internet possa não parecer impactante para uma grande corporação, isso sinaliza que os grandes provedores de Internet estão começando a chamar a atenção dos maiores players", diz o documento.

Caso o acordo seja precificado no múltiplo projetado de entre 6x a 7x o valor da empresa versus Ebitda, a Desktop poderia ter um prêmio de 60% sobre o seu valor de mercado. A Vivo aumentaria sua participação no setor de banda larga em São Paulo para 36,4% (hoje a empresa tem 29,3%) e sua participação de mercado de FTTH para 52,7% (versus 41,8% atualmente).

"São Paulo é uma região crucial para a Vivo, onde já lidera o mercado, e adquirir a Desktop melhoraria suas ofertas B2B para melhor competir com Vero+Americanet. Também acreditamos na recuperação do mercado, aprimorando a capacidade de transferência de preços no setor B2C", diz.

O preço-alvo para as ações da Desktop listadas na B3 é de R$ 21 – mesmo patamar da última apuração. O potencial de crescimento é de 45%.

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