No dia em que formalizou o pedido de uma segunda recuperação judicial, a Oi enfrentou uma forte desvalorização de papéis negociados na B3. A OIBR3 fechou a quinta-feira, 2, a R$1,59 após desvalorização de 21,67%.
Até 1º de março, o papel acumulava alta no decorrer de 2023, apesar dos altos e baixos. Agora, a ação ordinária registra baixa de 6,47% ao longo do ano, ante valorização de 19,41% marcada até o dia anterior.
No caso das ações preferenciais (OIBR4), o recuo foi menos acentuado nesta quinta-feira – 12,96%, para R$ 3,09. Já em queda no decorrer de 2023, ação tem perdas de 41,7% no acumulado do ano.
Entenda o caso
A Oi comunicou na madrugada desta quinta-feira que ajuizou no dia anterior o pedido na 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência e ad referendum (que precisa ser aprovado) da assembleia geral da companhia. O pedido foi feito pelo conjunto do grupo Oi: OI S.A., Portugal Telecom International Finance e Oi Brasil Holdings Coöperatief.
A operadora afirma que "vêm empreendendo esforços, em conjunto com seus assessores financeiros e legais, mediante a condução de negociações com certos credores financeiros, visando a potencial repactuação de dívidas financeiras, fortalecimento da sua estrutura de capital e otimização de sua liquidez e perfil de endividamento, e essas negociações continuam em andamento".
A Oi afirma que o novo processo é crítico para a reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo, mas garante que continuará mantendo regularmente as atividades da operação atual. Isso inclui manutenção da rede e serviços, atendimento de usuários e "busca de eficiência e otimização", buscando evitar prejuízos, descontinuidade ou intercorrência na prestação dos serviços.