Japoneses "estudarão" fabricação de chips no Brasil

Segundo Murilo Pederneiras, consultor do padrão ISDB no Brasil, o governo brasileiro colocou na discussão sobre a escolha de um padrão de TV digital para o País um desejo de aproveitar a transição para a TV digital para implantar no Brasil uma fábrica de semicondutores e de displays, ?mas na verdade esta questão extrapola muito a TV digital e é um negócio extremamente complexo?. Segundo ele, "estas fábricas exigem recursos humanos altamente especializados, o que exige muita análise". Os japoneses ?não estão dizendo que aceitam nem que não aceitam?, mas que aceitam analisar as possibilidades.
A participação de brasileiros no comitê que gerencia o padrão, segundo Pederneiras, já foi aceita pelos japoneses. Assim como a incorporação das tecnlogias nacionais sugeridas pelo governo brasileiro às especificações do padrão.
Atualmente, a questão da política industrial e das contrapartidas a serem dadas pelos padrões internacionais estão no centro do debate sobre a TV digital. Alguns ministérios, como Casa Civil, Fazenda e Desenvolvimento, pedem que haja compensações expressivas para o país, como a instalação de indústrias que hoje o Brasil não tem, como de semicondutores ou LCD.

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MPEG 4 leva mais tempo

Pederneiras diz que, se o Brasil adotar o MPEG 4, terá que começar com o MPEG 4, ?mas vai exigir um tempinho adicional? até que haja equipamentos no mercado.
Quanto às críticas dos outros padrões, Pederneiras destaca que o ISDB pode ser usado em um modelo de negócios diferenciado do adotado no Japão, podendo adotar a figura de um operador de rede ou ainda ter um canal exclusivo para transmissão móvel.

Padrão global

Sobre o fato de o ISDB não estar presente em nenhum outro país, Murilo Pederneiras diz que os japoneses ?perderam o bonde? quando os países asiáticos testaram todos os padrões e descartaram o ISDB por ser o único que até então não estava implantado em nenhum país. Mas, para ele, isso aconteceu em prol de uma ?série de modernidades que não estão presentes nos outros padrões?. ?Agora, as possibilidades são na América do Sul e na África?, diz. E, para ele, se o Brasil adotar o padrão japonês, por enquanto adotado apenas no Japão, deverá ?carregar? vários países consigo.

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