Vero e Americanet concluem fusão e projetam sinergias de R$ 1 bilhão

Vero e Americanet

Após combinação de negócios anunciada em julho, Vero e Americanet anunciaram ao mercado nesta sexta-feira, 1º, a conclusão da fusão entre as duas companhias. A dupla projeta sinergias de R$ 1 bilhão até 2030.

O fechamento da operação ocorreu após a incorporação, pela Vero, da totalidade das ações de emissão da empresa Meppel (de quem a Americanet era subsidiária). Em comunicado sobre o negócio, a dupla indicou a criação do "maior ISP de banda larga do País", com faturamento aproximado de R$ 1,9 bilhão e Ebitda em torno de R$ 790 milhões (considerando o terceiro trimestre anualizado).

"Com escala nacional e alto potencial de crescimento por meio do cross selling dos portfólios, do investimento em expansão e aumento de robustez de rede e de ganhos de escala, a estimativa é extrair R$ 1 bilhão em sinergias, em valor presente líquido (VPL), até 2030", afirmou a nova empresa.

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O valor de sinergias é cerca de 30% maior do que o estimado antes do planejamento de integração, conduzido pela consultoria Bain Company. De acordo com a nova análise, o fluxo de caixa gerado a partir das sinergias deve chegar a R$ 165 milhões em 2025, com perspectiva de crescimento ano a ano. Até 2028 seriam R$ 460 milhões em sinergias, chegando ao bilhão em 2030.

A partir da combinação dos negócios, a companhia passa a atender cerca de 1,5 milhão de assinantes de banda larga em 425 cidades brasileiras e amplia o portfólio – que continuará focado em banda larga fixa, mas também oferecendo produtos de voz, telefonia móvel e TV por assinatura. Na soma de todos os serviços, são cerca de 2 milhões de unidades geradoras de receitas e presença relevante nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Como já apontado, o atual CEO da Vero, Fabiano Ferreira, permanece no cargo, sendo responsável pela condução dos negócios combinados. Já o então diretor diretor presidente da Americanet, Lincoln Oliveira, será presidente do Conselho de Administração, além de um dos acionistas.

Com a troca de ações, 56% da nova companhia fica com os atuais acionistas da Vero, entre eles a Vinci Partners e empreendedores mineiros que juntaram suas operações na gênese da provedora. Já os acionistas da Americanet, que são compostos por Warburg Pincus, Invest Tech e Lincoln Oliveira, têm 44% do negócio.

A companhia também contratou uma consultoria (a Interbrand) que está desenvolvendo um entendimento do futuro posicionamento de marca, com conclusão do trabalho prevista para os próximos meses. Até lá, a nova empresa continuará atuando com as suas duas marcas.

Integração

Após aprovações obtidas junto ao Cade e à Anatel, o novo grupo indica estar acelerando o ritmo de integração dos negócios. Nesta primeira fase, a prioridade do time é capturar sinergias de curto prazo, por meio de iniciativas de aceleração de vendas e de cross selling de produtos.

Assim, a oferta do grupo passa a ter opções além da banda larga em todas as regiões onde a nova empresa atua, tanto no varejo quanto no atacado (B2B e B2C). "Este será um dos principais diferenciais da companhia e fundamental para a contínua expansão dos negócios, já que estamos unindo duas marcas fortes e que conseguem se posicionar muito bem em um mercado extremamente competitivo", indicou Fabiano Ferreira.

Entre os principais potenciais identificados pela companhia está a oferta do serviço de MVNO (operadora de rede móvel virtual) para a base de quase 850 mil clientes da Vero. Hoje é disponível para clientes da Americanet. O B2B é outro driver relevante, já que mais de 24% dos resultados da Americanet hoje vêm desse mercado.

O processo de integração teve início em agosto, com o planejamento concluído nos últimos dias e a entrada na fase de execução do plano. A primeira etapa prevê 100 dias e envolve a integração de procedimentos iniciais e que geram benefícios no curto prazo, como a aculturação e reorganização das equipes. Já a segunda etapa, que será implementada ao longo de 2024, tem como objetivo aspectos de maior impacto, como a unificação de sistemas e a simplificação societária, com a incorporação da Americanet e todas as suas subsidiárias.

Investimentos

Já no longo e médio prazo, as demais sinergias relacionadas a custos, despesas e investimentos passam a ser capturadas para que se possa chegar aos números estimados.

"Do ponto de vista orgânico, os investimentos serão direcionados para expansão de rede e de portfólio, com oferta de novos serviços, aumento do ticket médio e contínua revisão e evolução do ciclo de vida do cliente para crescimento da fidelização e redução de churn. Aquisições estratégicas também devem acontecer, seguindo o modelo de crescimento inorgânico já adotado pelas duas empresas, que somadas, realizaram 46 M&A's em suas trajetórias", indicaram as empresas.

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