Ex-acionista da Telemar, Inepar pede recuperação judicial

A Inepar Telecomunicações, em conjunto com as empresas Inepar Indústria e Construções e Inepar Equipamentos e Montagens, ajuizaram nesta segunda-feira, 1º, em São Paulo, pedido de recuperação judicial em caráter de urgência. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que, mesmo com "esforços da administração junto a credores, clientes e potenciais investidores, o pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação de crise econômico-financeira da Companhia". A medida tem o objetivo de proteger o valor dos ativos das sociedades, que incluem ainda empresas de administração, óleo e gás e transportes, além de atender aos credores de forma organizada e de manter a companhia operacional.

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Atualmente as empresas estavam distantes do mercado, mas o grupo paranaense Inepar tem participação na história pós-privatização das telecomunicações no Brasil, em 1998. Na época, a empresa era uma das acionistas controladoras da Telemar, quando contava com 13,37% de ações ordinárias. Essa participação foi transferida para a Inepar Investimentos em Telecomunicações, que depois assumiu o nome de Lexpart. Depois disso, 19% da Lexpart passaram à propriedade da empresa Argolis, controlada pelo Opportunity. Por sua vez, o banco assinou em julho de 1999 um acordo de debêntures e bônus conversíveis em ações para o restante do capital da Lexpart, operação que teve valor de R$ 546 milhões. Como o Opportunity participava da Brasil Telecom, a Anatel entendeu em 2000 que ficou caracterizada a propriedade cruzada e afastou o grupo Opportunity do controle da empresa até 2008, quando houve a saída definitiva, após a fusão com a Brasil Telecom.

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