Encerrada a Copa das Confederações, as operadoras celulares brasileiras se reuniram novamente para trabalhar em conjunto na instalação de uma rede comum nos seis estádios que faltam para a Copa do Mundo, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Natal e Cuiabá. O grupo, formado pelas cinco maiores teles nacionais e liderado pela Vivo, lançou uma nova RFP (request for proposal) com o objetivo de selecionar dois ou três fornecedores até meados de agosto. Entretanto, segundo fontes que acompanham o processo, houve poucos interessados até o momento e pode ser que as teles remodelem os termos da RFP. Pelo menos duas empresas teriam apresentado propostas: Comba e RFS.
O grande problema é que as teles repassam para os integradores todo o risco dos projetos. No caso da Copa das Confederações, alguns aceitaram essas condições porque queriam fazer parte da iniciativa, que serve de vitrine para conquistar outros contratos no País e no exterior. Houve até fornecedores que saíram no prejuízo em alguns estádios, tão apertada era a conta, relata uma fonte. Para complicar, passados três meses, há outro agravante: a desvalorização do Real frente ao Dólar nesse período, o que torna o negócio ainda menos atraente.
Custos
O custo da cobertura com rede celular e Wi-Fi no estádio de São Paulo deverá ser entre 30% a 40% maior que nos demais estádios até agora, por ser aquele da abertura da Copa do Mundo e reunir um público com mais smartphones e tablets.
Os prazos exíguos para a instalação dos equipamentos também preocupa os integradores. Na Copa das Confederações foram apenas 60 dias, depois da entrega dos estádios. Existe o temor que isso se repita nas arenas que faltam. O que talvez seja corrigido é a realização de mais eventos de teste antes da Copa do Mundo, com as redes de telecom funcionando, para corrigir possíveis falhas.