ZTE se dispõe a compartilhar risco em IPTV

Todas as concessionárias de telefonia fixa no Brasil planejam, mais cedo ou mais tarde, lançar serviços de IPTV. Testes com plataformas de diversos fabricantes já foram iniciados. A ZTE foi uma das que apresentou proposta para a Brasil Telecom em IPTV. A fabricante chinesa se dispõe a compartilhar o risco do negócio, aceitando receber como pagamento parte da receita proveniente do serviço.
Vale lembrar que a plataforma representa entre 20% e 30% do custo total de qualquer projeto de IPTV. O resto são equipamentos de infra-estrutura, como DSLAMs, modems e set-top boxes. A ZTE está particularmente interessada na venda desses equipamentos, especialmente para operadoras que já escolheram o fornecedor da plataforma, como a Telefônica, que optou pela Lucent. Os equipamentos da ZTE para IPTV estão nesse momento em fase de testes na concessionária paulista. O objetivo é participar das concorrências que a Telefônica deve abrir em 2007 para a compra desses produtos.
Segundo o diretor regional da ZTE para o Rio de Janeiro, Raul de Freitas, a companhia chinesa não leva vantagem apenas no preço em relação aos fornecedores tradicionais. ?Outros diferenciais são nossa competência técnica e nossa abertura para discutir o modelo de negócios. Se acreditarmos no projeto, aceitamos bancar o risco?, explica o executivo.

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SVA

Além de infra-estrutura, a ZTE neste ano dá prioridade à área de serviços de valor agregado. A empresa realizou um encontro com representantes de operadoras brasileiras nesta quinta-feira, 1º, para apresentar algumas de suas soluções nesse segmento, como ringback tones, instant messaging corporativo, billing convergente, IPTV, dentre outros.
Por enquanto, não há nenhum teste em curso no Brasil com a plataforma da ZTE de ringback tones, mas Freitas acredita que há grande potencial no mercado latino-americano para esse produto. Na China há 70 milhões de pessoas que usam ringback tones através de plataformas fornecidas pela ZTE.

Handsets

O segmento de handsets não é no momento a prioridade da ZTE para o Brasil. A empresa fez uma grande venda de 1 milhão de terminais para a Vivo há cerca de dois anos e, depois disso, focalizou suas atenções mais em infra-estrutura e SVA. Porém, há, neste momento, algumas negociações em curso para a venda de celulares GSM no País. Dependendo da demanda, a ZTE considera a hipótese de criar uma unidade de montagem de aparelhos no Brasil. Está em fase adiantada de negociação também a venda de placas PCMCIA para a Vivo.
A ZTE faturou no mundo inteiro US$ 5 bilhões no ano passado. A meta é ter uma receita global de US$ 12 bilhões em 2008. A empresa não abre seu faturamento por país, mas afirma que Brasil, Rússia e Índia estão entre os seus alvos prioritários fora da China.

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