Intelsat se posiciona como provedora de serviços gerenciados e conectividade para empresas de telecom

Ricardo La Guardia, VP de vendas da Intelsat para a América latina

A Intelsat, tradicional provedora de soluções via satélite, participou do Mobile World Congress 2023 com a proposta de ser uma proposta de mostrar que pode ser uma provedora de conectividade e serviços gerenciados B2B para as próprias operadoras de telecomunicações e para as empresas que buscam soluções para redes privativas, e se surpreendeu com o interesse do mercado. "Nós estamos aqui para mostrar o que é possível fazer", disse Gerry Collins, diretor de redes e serviços gerenciados da Intelsat. "O crescimento do interesse das operadoras e empresas sobre o setor de satélite é notável. Dou o crédito para o Elon Musk, que do seu jeito, e mesmo sendo um competidor, conseguiu colocar o mercado de satélites em evidência. Mas o fato é que efetivamente podemos contribuir para o desenvolvimento do ecossistema 5G".

Outro ponto importante para a Intelsat é apresentar suas soluções já utilizando diferentes  órbitas de forma integrada. "A gestão multi órbita é uma realidade, anunciamos uma primeira parceria, que já é uma prova de conceito, para operar nossa constelação geoestacionária de maneira combinada com a constelação LEO OneWeb na operadora britânica Sure", explica Collins, para atendimento das ilhas do Atlântico Sul.

Brasil cobertura 100%

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O Brasil também é prioridade absoluta para a Intelsat, explica Ricardo La Guardia, vice-presidente de vendas da Intelsat para a América Latina. Lançamos o ano passado o IS 46, que deve estar operacional em agosto, e com isso ampliamos a cobertura na região e teremos 100% de cobertura no Brasil. Nesse caso, o foco da empresa, além da oferta de mobile backhaul por satélite, a Intelsat aposta em parcerias com as teles para serviços embarcados, como o que a empresa tem com a TIM para acesso WiFi em aviões. A Intelsat é controladora da Gogo, que presta serviço de comunicação embarcada às principais companhias aéreas que operam no Brasil.

A Intelsat também está montando um teleporto em Guaratiba/RJ, que será um hub dos serviços gerenciados da empresa, para além do centro de controle de satélites. É uma instalação de alta capacidade para serviços end-to-end. Mas Gerry Collins lembra que a ideia da Intelsat é ser flexível: "nos integramos com todos os provedores de nuvem, mas se o cliente já tiver a sua própria estrutura de cloud, isso não é um problema", diz.

Ricardo La Guardia aposta que o Brasil tem uma oportunidade significativa também para serviços emergenciais, de recuperação e resgate. "Nas chuvas do litoral de São Paulo e vimos como isso é necessário, e o satélite é uma solução ideal para as autoridades", diz ele. 

NTN por satélite ou HAPS

Para Gerry Collins, a tendência evidenciada no Mobile World Congress 2023 de desenvolvimento de redes não-terrestres é importante, mas é preciso pensar para além do satélite nesse caso. "Eu não vejo, ainda, como a comunicação direta entre handsets e satélites vai pagar os custos e investimentos necessários. Ainda precisamos ver. Mas como conceito, me parece mais viável esse tipo de aplicação por meio de HAPS (High Altitude Pseudo-Satellites) com uma relação entre custo e benefício melhor". HAPS são balões ou drones que ficam em altitude elevada, mas ainda não em órbita, e que podem ser lançados para prover capacidade de comunicação em áreas remotas, pontualmente.

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