A Algar Telecom Venture Builder, vertical de negócios da Algar Telecom para apoiar startups, anunciou a entrada da healthtech MediQuo no seu portfólio.
A parceria entre as empresas começou há dois anos quando o Brain, centro de inovação da Algar, firmou um acordo com a plataforma para levar serviços de telemedicina para o varejo e à pequenas e médias empresas (PME). Fundada em 2021, a MediQuo tem uma carteira com cerca de 450 mil usuários registrados.
Hoje, a empresa contabiliza mais de 1,5 milhão de consultas na sua plataforma em um ano, o que gerou uma receita de R$ 5 milhões em 2023. Com 60% do faturamento em decorrência da parceria com a operadora mineira, a intenção, agora, é expandir os serviços para outras frentes da jornada do usuário.
"A parceria com a MediQuo representa uma oportunidade de levar acesso à saúde tanto às pessoas físicas, quando às pequenas e médias empresas que buscam soluções de qualidade para seus colaboradores, sem comprometer o rendimento", diz o CEO da Algar Telecom Venture Builder, Wellington Borel, em nota.
Entre os profissionais que atendem por meio da startup, estão médicos focados em saúde do adulto (clínica geral e medicina de família), da criança (pediatria) e da mulher (ginecologia), psicólogos, nutricionistas e profissionais de educação física. Nos próximos meses, a ideia é inserir mais especialidades, permitir o acesso a medicamentos e benefícios diagnósticos.
"A parceria com a Algar Telecom não apenas valida a nossa presença no mercado brasileiro, mas também nos coloca no centro de um ecossistema inovador", diz Vitor Lara, cofundador da MediQuo, em comunicado. "A expectativa é de que 40% da população utilizará de serviços de telemedicina nos próximos 5 anos, com resolução de mais de 70% das necessidades desses clientes através desse atendimento por saúde digital."
Os serviços da healthtech podem ser contratados por clientes e familiares de usuários da Algar Telecom, além de colaboradores de empresas. O custo mensal é de R$ 15.
Portfólio robusto
Criada em 2022, a Algar Telecom Venture Builder saiu do papel em parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional presente no Brasil desde 2013 que visa construir empresas de tecnologia com recursos próprios – um movimento alternativo à estratégia tradicional de fundos de venture capital.
Com a iniciativa, a operadora visa o crescimento de startups, o acompanhamento ao longo de futuras rodadas de captação e futuras oportunidades de M&A, segundo a empresa.
Nos últimos dois anos, o projeto atraiu mais de 2 mil startups, das quais foram selecionadas 92 entre aquelas com potencial para novas oportunidades. Dessas, 19 tiveram produtos lançados junto a Algar.
Além da MediQuo, fazem parte do portfólio a Evollo (de transformação digital por meio de IA), Homebook (de controle de acesso em condomínios), LRM (otimização de receitas), BillApp (contas a pagar), Granto Seguros (automatização de processos judiciais) e Neutra+ (otimização de custos para provedores de internet).
O processo para inserir uma startup no portfólio começa com a identificação e pré-avaliação das empresas de tecnologia. Mais adiante, um comitê entende o perfil das candidatas e seleciona as que podem avançar para a próxima etapa, o Investor Day. Neste ponto, as aprovadas formalizam a entrada no portfólio por meio da assinatura de um memorando e começam o processo de colaboração com a operadora.
