Fonte ligada aos fundos de pensão classificou como uma "prisão perpétua" o acordo assinado em 12 de setembro entre empresas ligadas ao Opportunity ? entre as quais os fundos de investimento Opportunity Fund, Opportunity Equity Partners LP (ou CVC Estrangeiro) e o então CVC Opportunity Equity Partners FIA (ou CVC Nacional, agora chamado Investidores Institucionais FIA). O acordo determina que mesmo se houver mudanças na administração de algum desses fundos de investimento, os votos deles em empresas controladas que assinam o documento, como Opportunity Zain (controladora da Brasil Telecom) e Futuretel (controladora da Telemig Celular e Amazônia Celular), ficarão sujeitos a aprovação em uma reunião prévia de seus signatários.
"Trata-se de uma aberração jurídica, pois foram assumidos compromissos em nome dos cotistas quando já era a esperada a destituição do Opportunity enquanto gestor do CVC Nacional", critica a fonte. Em 6 de outubro, durante assembléia, investidores que representam mais de 80% do capital do antigo CVC Nacional votaram pela saída do Opportunity da administração do fundo, sob a alegação de quebra de deveres fiduciários. A maioria dos cotistas são fundos de pensão e o movimento pela destituição foi liderado pela Previ e pelo BNDES. Por fim, a fonte destaca que, pelo acordo, o Citibank, principal cotista do CVC Estrangeiro, também fica ?amarrado? ao Opportunity.
O documento só veio a público na semana passada, após sua tradução ser inserida no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os advogados dos fundos de pensão ainda estudam uma reação.
Conflito entre sócios