A Embratel planeja investir entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão ao longo de 2004, anunciou o presidente da operadora, Jorge Rodriguez. Entre 30% e 40% desse total será destinado a serviços locais e acesso, incluindo investimentos na rede da Vésper. Outras áreas que receberão aportes significativos são a de comunicação de dados e a Star One, sua subsidiária de satélites, informou o executivo. Em 2003, o investimento da Embratel será de R$ 600 milhões aproximadamente.
?Traremos boa surpresas em telefonia local para o mercado de pequenas e médias empresas no ano que vem. Seremos agressivos nesse segmento?, prometeu Rodriguez. A companhia tem a expectativa de que a Anatel regule o unbundling entre dezembro e janeiro próximos, permitindo que os novos entrantes ofereçam acesso à Internet com ADSL.
Satisfeito com o resultado no último balanço da companhia ? a margem EBITDA cresceu e houve lucro líquido de R$ 15 milhões ?, Rodriguez destacou a melhora no perfil da dívida. Dos R$ 801 milhões que venceram nos nove primeiros meses do ano, cerca de 80% foram rolados e, desse total, 86% foram convertidos para Reais. ?Hoje, em torno de 53% da nossa dívida ou está em Reais ou está ?hedgeada? e, portanto, protegida contra as variações cambiais?, disse Norbert Glatt, vice-presidente financeiro da Embratel.
IGP-DI
A respeito da disputa na Justiça quanto à definição do índice de reajuste das tarifas telefônicas, o presidente da Embratel se posicionou contrário a uma cobrança retroativa, caso se opte pelo IGP-DI. ?Não seria justo com os consumidores?, explicou. Uma decisão judicial estabelece provisoriamente que o reajuste seja dado seguindo o IPCA. A Embratel e outras operadoras moveram ações na Justiça solicitando que o índice seja o IGP-DI, tal como previsto em seus contratos.
