O grupo Telecom Américas atingiu no terceiro trimestre, com suas cinco subsidiárias sob a marca Claro e sem contar ainda a BCP São Paulo, um total de 7,1 milhões de assinantes, representando um crescimento de 5,8% no período. O aumento ficou acima do crescimento geral de 4,9% obtido pelo grupo mexicano controlador destas operações, o América Móviles, que registrou 37,59 milhões de clientes. Entre as empresas no Brasil, a Americel (Centro-Oeste e parte da região Norte) teve o desempenho mais notável, com crescimento de 9,2%, seguida da Telet ( Rio Grande do Sul), e BSE (Nordeste), ambas aproximadamente com 7,5%. O grupo conta ainda com a Tess (interior de São Paulo). As receitas brasileiras foram de R$ 737 milhões, que significa um crescimento de 62,2% em relação a igual período do ano passado.
Com uma participação especialmente forte de pré-pagos (83%), o Telecom Américas teve uma queda de quase 9% no ARPU. Ainda em fase de investimentos fortes (especialmente no lançamento da marca Claro e na construção de redes para novas licenças de telefonia móvel), o grupo operou com perdas de R$ 52 milhões no trimestre e de R$ 60 milhões nos primeiros nove meses do ano. Em seu balanço, o grupo América Móvil chama atenção também para a redução do crescimento da receita com serviços do Telecom Américas em função das novas regras de cobrança de tarifas de interconexão com a migração de suas operadoras para o SMP: a empresa teve um aumento de 1,7% no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, quando, pelas regras referentes ao SMC, atingiria um ganho de 6,5%.
Opção da Telemar
O grupo diz em seu relatório trimestral que espera que a Telemar exerça a sua opção de compra de 28% da BCP até o final de outubro, prazo, aliás, em que expira esse direito.
Do mesmo relatório é ainda possível concluir que, se incluída a aquisição da operação na Grande São Paulo, o total de assinantes do Telecom Américas no Brasil teria alcançado, no final de setembro, cerca de 8,9 milhões de assinantes.