O presidente da Acel, Amadeu Castro, a Telecom Italia e o professor Cláudio Furtado, da Fundação Getúlio Vargas e da Consultoria CVF, apresentam ao conselho diretor da Anatel, nesta terça-feira, 15, o resultado do estudo da FGV sobre as tarifas de interconexão, que terão livre negociação a partir do próximo dia 30. O trabalho analisa o impacto da universalização do serviço de voz, tendo em vista a inclusão das classes D e E, além da situação econômico-financeira e regulatória do setor de telefonia móvel.
Segundo Furtado, que coordenou o estudo, inicialmente encomendado pela Telecom Italia e posteriormente encampado pela Acel, a conclusão é que as operadoras móveis não atingiram o equilíbrio econômico-financeiro, situação que não se alterará até 2007. Com isto, as operadoras entrantes ficariam mais vulneráveis a uma eventual redução de um item de suas receitas – serviços, venda subsidiada de aparelhos ou interconexão. Significa que essas operadoras ainda não obtêm o suficiente para cobrir seus custos e amortizar investimentos. ?E como elas estão incorporando em suas bases usuários de baixo poder aquisitivo, no fundo estão subsidiando esta universalização?, disse o professor.
Simulações feitas sobre o nível de tarifa de interconexão sugerem, segundo Furtado, que o atual nível, se mantido, poderia levar a um maior bem estar da sociedade, justamente por permitir essa inclusão das classes sociais de menor poder aquisitivo.
Interconexão