A Jamba, uma das maiores provedoras de conteúdo para telefonia celular na Europa, está preparando sua estratégia para entrar no mercado latino-americano, com foco especialmente no Brasil. A decisão faz parte dos planos da nova controladora da empresa, a Verisign, que comprou a Jamba na semana passada por US$ 273 milhões. "Queremos transformar a Jamba em uma marca global", afirmou Mark Fruehan, diretor de desenvolvimento de negócios na área de soluções móveis da Verisign. Ele esteve em visita ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 28, para a Conferência Regional Latino-americana de CDMA.
A Jamba tem um acervo de mais de 4 mil ringtones monofônicos; 8,7 mil ringtones polifônicos; e 1 mil jogos em Java. Metade desse portfolio é criado pela própria Jamba e o restante é obtido por meio de acordos com mais de 800 desenvolvedores de todo o mundo. Seu servidor, instalado em Berlim, na sede da empresa, registra mensalmente mais de 15 milhões de transações para 18 operadoras de nove países da Europa com as quais tem acordo de billing. A proporção na divisão da receita pelo download costuma ser a seguinte: entre 25% e 35% para a operadora; 15% para a Jamba; e o restante para o desenvolvedor. A Jamba está também na área de matchmaking; seu serviço "I love" já registra mais de 1 milhão de usuários.
A companhia trabalha com a política de multi-canais de venda. O conteúdo pode ser vendido através de SMS, WAP, e-mail, aplicações Java, web e voz. Também há diversas formas de pagamento: através da conta do celular; por meio de cartões pré-pagos de dados; ou via cartão de crédito, se a compra for feita pela web. "Preferimos o modelo de cooperação com a operadora, fazendo o faturamento através da conta do usuário", ressaltou Fruehan. O executivo destacou que a receita proveniente do uso do "airtime" fica toda com as operadoras.
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