A BrT ainda vai analisar se entra em São Paulo, diz Carla Cico

A presidente da Brasil Telecom (BrT) afirmou em teleconferência a analistas financeiros nesta sexta, dia 13, que o comando da empresa ainda vai discutir internamente se participará ou não da licitação para a compra da licença de SMP para São Paulo, prevista para abril próximo. Da mesma forma, segundo ela, ainda está por ser analisada uma eventual parceria com outra empresa na disputa. A aposta no mercado é de que a parceira mais provável, nesse caso, seria a Telemar.
Carla Cico também informou que a rede de telefonia móvel da BrT entrará em operação comercial entre maio e junho, ou seja, com um ligeiro atraso, de um a dois meses, em relação ao plano inicialmente divulgado. A expectativa é de que a nova operadora atinja em 13 meses, a partir do início das atividades, 1 milhão de assinantes. Conforme o balanço da BrT divulgado nesta quinta, 12, a rede de SMP já consumiu investimento total de R$ 109,2 milhões. A presidente da BrT reafirmou a disposição de investir US$ 300 milhões em três anos na rede móvel, alegando que o montante até agora alocado foi pequeno por conta da demora da Anatel em certificar as metas de universalização da empresa e liberar as radiofrequências de telefonia móvel licenciadas para a empresa no ano passado.
Segundo Carla Cico, a BrT, além da implantação da operação móvel, vai concentrar-se este ano na consolidação das aquisições feitas no ano passado (MetroRed, Globenet, iBest e Vant), em vez de se preocupar em adquirir novos ativos. Porém, quando interrogada quanto à compra do provedor iG, do qual mantém atualmente uma pequena participação, ela disse que não poderia revelar qual foi a decisão do board empresa.

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De acordo com um dos analistas que participaram da teleconferência, o balanço de 2003 da BrT, embora em linha com expectativas do mercado, foi bastante prejudicado por conta do grande volume de itens não recorrentes, que dificultaram bastante sua leitura. A empresa, por exemplo, além dos investimentos em aquisições e sua rede móvel, contabilizou R$308 milhões em provisões para contingências, dos quais R$ 245,5 milhões vinculados à CRT por conta de ?fatos ocorridos anteriormente à aquisição desta empresa, tais como passivos trabalhistas, cíveis, tributários e custos processuais?. A questão da compra da CRT, ocorrida em 1999, está sendo usada pelo Opportunity, controlador da BrT, como arma jurídica contra a Telecom Italia, que quer voltar a ser controladora. A inclusão, agora, de tais passivos, pode estar ligada a esta estratégia.
No ano passado, a holding Brasil Telecom Participações apresentou um prejuízo de 141,6 milhões. Contudo, segundo o mesmo analista, as ações da BrT ainda são papéis baratos, a serem mantidos.
As ações preferenciais da Brasil Telecom caíam 5,59% e as da Brasil Telecom Participações caíam 2,33% por volta das 15 horas desta sexta. No mesmo momento, o Ibovespa apresentava baixa de 2,90% e o Itel (índice das ações de telecomunicações) apresentava queda de 3,2%.

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