A Previ, por meio de nota divulgada à imprensa, confirmou o recebimento de uma correspondência enviada pelo Opportunity contendo o que classificou como uma ?carta de intenções?, em vez de um proposta. ?Isso porque a Previ acredita que negociações empresariais que, de fato, tenham objetivo de chegar a termo são conduzidas de forma diferente, notadamente no que se refere à publicidade dos assuntos em discussão?, diz à nota, referindo-se ao fato de a imprensa e o mercado terem sido informados antes mesmo da Previ.
No documento encaminhado à fundação, o banco gestor cita a matéria de capa da edição desta semana da Carta Capital (www.cartacapital.com.br), assinada pelos jornalistas da Teletime Rubens Glasberg e Samuel Possebon, para justificar a apresentação de uma possível solução para o conflito com a Previ. A idéia do Opportunity é realizar uma troca de ativos: a Previ lhe entregaria sua participação acionária na Brasil Telecom, na Telemig Celular e na Amazônia Celular em troca da participação indireta do Opportunity na Telemar. O banco gestor, contudo, não indica os valores desses ativos e não fornece qualquer sugestão de como eles poderiam ser avaliados. Também não há data para resposta. Além disso, o documento ressalta que qualquer acerto estará condicionado à aprovação posterior pela Anatel e demais órgãos competentes. Segundo a assessoria de imprensa da Previ, a fundação entende que uma proposta ?de verdade? deveria vir com preço e com uma consulta prévia aos órgãos reguladores.
Apesar das críticas, a Previ pretende estudar o assunto, mas fontes ligadas aos fundos de pensão acham que dificilmente a entidade aceitará tal acordo. ?Os ativos da Previ envolvidos nessa troca valem no mínimo o dobro da participação do Opportunity na Telemar?, garante uma fonte. O banco gestor admite, porém, pagar uma compensação pela diferença. Não foi estabelecido nenhum prazo para que a Previ responda à sugestão de acordo. O Opportunity foi mais uma vez procurado por TELETIME News, mas não se manifestou sobre o assunto.
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