Nextel mira no consumidor 3G/4G, mas ainda confia na iDEN

Em época de crise macroeconômica, a Nextel procura investir em novas tecnologias, mas continua valorizando ativos legados. O grande exemplo é a comunicação via rádio (iDEN), que atraiu o consumidor que fugia dos preços das chamadas off-net. Com o corte nas tarifas de interconexão e a demanda por banda larga móvel, a tecnologia poderia ser considerada ultrapassada. O iDEN, no entanto, continua firme e forte na empresa. Apesar de o último balanço financeiro ter mostrado pela primeira vez uma receita maior do grupo de WCDMA/LTE, a tecnologia de rádio continua a ser estratégica para a tele.

O COO da empresa, Jorge Braga, afirma que não há previsão para que a operadora desligue sua rede antiga em favor das tecnologias mais novas. "O iDEN é um grande caminhão a diesel, é estável e forte", compara. Segundo ele, mesmo com a possibilidade de usar o sistema Prip por meio de aplicativos em smartphones mais novos, ainda é necessário haver disponibilidade de rede de dados para que funcione. "O rádio é um handset mais simples, não atrapalha", garante.

Ainda assim, há redução considerável. A base total da Nextel diminuiu 13,02% em 12 meses e em junho era de 3,844 milhões de acessos, sendo 1,127 milhão na tecnologia iDEN (redução de 47,94%) e 2,717 milhões em 3G/4G (crescimento de 20,54%). Segundo a empresa, houve redução de 36,59% na quantidade de migrações da iDEN para o WCDMA/LTE, totalizando 37,6 mil trocas no trimestre. Pelo menos desde o final do ano passado, os usuários 3G/4G são a maioria na tele, e a tendência é haver ainda maior migração. Atualmente, grande parte do grupo de clientes que permanece com a rede iDEN é composta de prestadores de serviço (como taxistas, caminhoneiros) e pessoas jurídicas (pequenas e médias empresas).

Notícias relacionadas

LTE

Portanto, apesar de ainda prever suporte pleno ao rádio, a estratégia da empresa é em busca do consumidor com maior receita média (ARPU), que são os da banda larga móvel. A operadora sabe que há limitação de caixa, e que o churn da base 4G não é diferente da registrada no 3G, mas continua a focar nas novas tecnologias. "Sim, o 4G é importante em São Paulo e sim, temos foco em expansão", garante. A empresa adquiriu a licença da faixa de 1,8 GHz na região no leilão de sobras da Anatel no final do ano passado. Braga garante que a implantação da rede não passará por problemas com a legislação de antenas paulistana, uma vez que aproveitarão torres existentes para a implantação de novas placas.

O executivo ressalta que o mapa de espectro da empresa é bom, ainda mais contando com a faixa de 1,8 GHz agora também em São Paulo. Ele explica também que tecnicamente é possível aproveitar para o LTE a banda de 800 MHz que a empresa usa atualmente com iDEN, mas precisaria de autorização da Anatel. Ele lembra que, no ano que vem, a Vivo terá sua licença em banda A (850 MHz) no Rio de Janeiro, e assim ele espera que, antes disso, seja definida uma nova política de cap de espectro.

RAN Sharing

Braga diz que o acordo de compartilhamento de espectro com a Vivo é fruto da boa relação que as duas operadoras têm desde a parceria original para roaming em 2014. Foram R$ 800 milhões investidos para poder utilizar os ativos da Telefônica, o que deverão proporcionar redução nos custos com infraestrutura própria.

O RAN Sharing com a Vivo abrangerá as frequências de 1,9 GHz e 2,1 GHz para a tecnologia 3G e sites "não comerciais", ou seja, para fora da área de maior interesse da Nextel. "O acordo é basicamente fora de São Paulo/Rio", esclarece o executivo. A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a parceria sem restrições em junho. Já o Conselho Diretor da Anatel aprovou o acordo na semana passada, mas com condicionamento: que a Nextel comprove que comercializou serviços nas localidades onde tem obrigações com a aquisição da banda H em 2010. O executivo minimiza a condição. "A gente opera no Brasil inteiro, mas o foco é aqui. A preocupação da Anatel é de concorrência", diz.

O uso da infraestrutura compartilhada também pode ser considerado uma pequena amostra do que poderia ser o futuro, com a eventual entrega de serviços over-the-top. "Se um dia eu tiver que garantir QoS em uma rede que não é minha, como eu faço?", indaga, mas ainda sem poder dar uma resposta.

2 COMENTÁRIOS

  1. o k vejo e k somos obrigados a sair de onde estamos pra irmos pra onde eles kerem uma ve s k a iden me atende bem nao tenho k trocar por 3 g uma vez k ja fis isso e nao funcionou e tbem tive k pagar uma multa mais estamos numa floresta vivendo no meios de politicos safado e ladroes faser o k

  2. brasil pais da desiguadade sosial de politicos ladroes e safados kero saber qual a diferenca entre um assaltande de banco e um politico se alguem souber por favor me renponda

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!