Mais que acesso, Telecentros capacitam no uso das TICs, revela CETIC.br

Com a expansão do acesso às tecnologias móveis, os centros de acesso público à Internet, mais conhecidos como Telecentros, têm papel importante na capacitação dos cidadãos para o uso dos computadores. Essa é a principal conclusão da pesquisa TIC Centros Públicos de Acesso 2013, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) em parceria com o Ministério das Comunicações e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

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"Estamos diante de uma grande oportunidade para formar cidadãos com mais habilidade em TIC, é muito mais do que o acesso. O crescimento do 3G é formidável, portanto, o cidadão terá acesso no domicílio em não muito tempo", afirma o diretor do CETIC.br, Alexandre Barbosa, que apresentou a pesquisa nesta quarta, 12, no Ministério das Comunicações.

A conclusão de Barbosa está baseada em alguns dados levantados pela parte qualitativa da pesquisa, em que foram feitas entrevistas pessoais com os usuários dos telecentros. Dos 22 entrevistados, 9 tiveram aulas de informática no local. Mas, na parte quantitativa, a possibilidade de aprender usar as TICs está entre os maiores motivos para as pessoas procurarem os telecentros, ao lado de não possuírem Internet – resposta apontada por 71% dos entrevistados. Não possuírem computador teve índice de 59%.

"Vale ressaltar também que foram mencionadas com bastante frequência outras razões para a ida ao telecentro, como o auxílio de monitores (57%); a participação em cursos (51%); a variedade de serviços oferecidos (49%), entre outros", diz a pesquisa.

Além dos motivos para frequentar o telecentro, a pesquisa procurou apurar também quais as atividades mais realizadas nos telecentros. Pesquisas escolares apareceram em primeiro lugar, com 69%; depois, com 27%, aparece a leitura de jornais e revistas na Internet; e com 17%, cursos online. Barbosa chama a atenção para a diferença do perfil de uso encontrado nas LAN houses, em que a maior parte dos usuários a utiliza para jogos online. "Olha a relevância. É diferente da LAN house que ele (o usuário) vai para jogar", afirma.

O primeiro problema que aparece no levantamento é o próprio funcionamento dos telecentros. O Ministério das Comunicações informou a existência de mais de nove mil telecentros, mas apenas 5.013 responderam o questionário e estavam, de fato, em funcionamento. Outro problema é a baixa velocidade de acesso: 41% dos centros têm velocidade de até 1 Mbps e 22% contam com até 2 Mbps. "De fato, é um limitador", afirma o pesquisador, considerando que essa banda é compartilhada entre diversos computadores.

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