Amazonas usará 25% a 30% de sua capacidade em 6 meses

A Hispamar espera ocupar nos seis primeiros meses de funcionamento do satélite Amazonas algo entre 25% e 30% de sua capacidade, informou o presidente do conselho de administração da empresa, Luiz Francisco Perrone. O Amazonas, cujo lançamento acontecerá em junho de 2004, terá 63 transponders ? 36 em banda Ku e 27 em banda C. Só a Telemar, que é sócia na Hispamar com 19,9% do capital, alugará logo de início 12 transponders, capacidade que hoje utiliza de satélites da concorrente Star One, da Embratel. O sócio majoritário da companhia é a espanhola Hispasat, com 80,1% de participação acionária.
O executivo informou também que o investimento total do projeto Amazonas, originalmente orçado em cerca de US$ 315 milhões, deve ser elevado em mais alguns milhões de dólares em função do financiamento de equipamentos para grandes clientes.
A construção do satélite está a cargo da Astrium e o lançamento será feito pelo consórcio russo-americano ILS, no Cazaquistão. O seguro será feito até dois meses antes do Amazonas entrar em órbita. Perrone reclama do alto custo, que hoje gira em torno de 20% do valor segurado. ?O ideal seria algo próximo a 12%?, sugere.

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Banda larga

Além da venda pura e simples de capacidade, a Hispamar pretende firmar parcerias para atender redes corporativas e também para oferecer serviços como DTH e acesso à Internet em banda larga. Nesse último ponto o foco são as três concessionárias locais: Telemar, Telefônica e Brasil Telecom, que poderão enxergar no serviço via satélite uma interessante forma de alcançar áreas não atendidas pelo ADSL.
Para viabilizar tais serviços a Hispamar comprou uma plataforma multimídia que custou aproximadamente US$ 6 milhões ? nesse preço estão incluídos 3 mil terminais de recepção de sinal. Ela será instalada em janeiro, quando começará a ser testada usando o satélite 1D da Hispasat.
Perrone aposta na vantagem que o Amazonas terá por ser o primeiro satélite em banda Ku em uma posição orbital brasileira ? 61 graus Oeste. ?Por estar bem em cima do Brasil, sua transmissão sofre menos atenuação. Além disso, a instalação das antenas é facilitada, pois há menos obstáculos para a comunicação?, explica o presidente do conselho da Hispamar.
A companhia já abriu escritórios no México e na Argentina e pretende em breve conseguir licenças para vender seus serviços nesses e em outros países que serão cobertos pelo Amazonas.

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