Setor revisa para cima crescimento em 2007

Os fornecedores de equipamentos para redes e CPEs revisaram as vendas para cima neste ano, fruto do provável desentrave do leilão de 3G e WiMAX, estabilidade econômica, aumento de tráfego nas redes e crescimento da banda larga. Jonio Foigel, presidente da Alcatel Lucent, estima que o investimento em redes das operadoras, incluindo tecnologia da informação, deve alcançar US$ 3 bilhões em 2G e 3G em 2007. O mercado corporativo rendeu para a Alcatel US$ 30 milhões diretamente e US$ 100 milhões contando com as vendas dos canais e representa entre 10% e 12% da receita da companhia no País seguindo o patamar mundial, segundo Foigel. Ele destacou a vocação da empresa para serviços no Brasil e não como plataforma de produção e exportação devido a falta de escala, além da moeda não estar favorável. "A China produz para o mercado interno e exportação 35 milhões de unidades DSLAM para banda larga, enquanto no Brasil o consumo anual desse produto não ultrapassa 1,5 milhão?, exemplificou o executivo.
A Nortel também deve crescer acima dos 15% inicialmente previstos, segundo seu presidente, Juan Chico, principalmente na área corporativa com PABX IP e convergência móvel apesar da migração da Vivo para GSM, saindo do CDMA. ?O total da receita com venda de equipamentos de rede cobriu o que deixamos de ganhar com a Vivo?, diz Chico. A Nortel continua a expandir a rede da Embratel, fornecer redes ópticas e sistemas Metro Ethernet para as operadoras. Hoje 75% da receita da Nortel no Brasil vem dessa área de atuação, diz Chico.
A Motorola, que havia estimado um crescimento de 15% neste ano, ampliou a perspectiva para 25% em handsets ?conforme nossa capacidade de atendimento?, explica o vice-presidente de dispositivos móveis, Sergio Buniac. Além de novos produtos para 2G, a empresa está mostrando na Futurecom 2007 três modelos para redes 3G (V9, Q9 e V3XX) que entram na linha de produção da fábrica da empresa em Jaguariúna (SP)l até o início do ano que vem.

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A Mitel que oferece plataforma de telefonia IP com aplicativos integrados, também cresceu 70% acima da meta estimada para o primeiro trimestre fiscal iniciado em maio e prevê ficar 50% acima da meta no segundo trimestre fiscal, segundo o diretor geral para o Brasil, Paulo Ricardo Pinto.

Nem tudo azul

Mas os fornecedores estão, nos bastidores, preocupados com alguns movimentos que já podem ser sentidos. Eles percebem que a Brasil Telecom está mais focada em resultados do que na expansão da rede, o que reduz investimentos. No caso da Telefônica, o problema visto pelos fornecedores é a necessidade de ajustes em escala mundial da tele, o que terá impacto no Brasil, apostam. No caso da Oi, os fornecedores enxergam a operadora como a única que está, nesse momento, focada em expansão e, portanto, investindo efetivamente, acompanhando sobretudo a concorrência da Embratel/Net.

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