Relatório de Acompanhamento (RACOM) do Tribunal de Contas da União (TCU) que avaliou as ações da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) no restabelecimento e recuperação das áreas atingidas pelas chuvas ocorridas desde novembro de 2021 sugere a localização de celulares ativos nas áreas abrangidas pelos alertas (cell broadcast service), como forma de dinamizar buscas e alertas nas áreas atingidas.
Segundo a corte de contas, a medida poderia permitir um nível mais eficaz de informações, atingindo os usuários de serviços de telecomunicações daquelas áreas atingidas.
O TCU também recomendou à Sedec a instituição de rotina de cadastramento e atualização dos dados estaduais e municipais no sistema S2iD, inclusive incorporando no cadastro dados de aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais como WhatsApp, Telegram, Facebook, Instagram, entre outros.
Além disso, a Sedec também foi recomendada a instituir comunicação de eventos com as agências de meteorologia e com os entes federados por meio de plataforma que sistematize as informações e permita a interface com formas céleres de comunicação, como aplicativos de mensagens, redes sociais, sites de buscas, pop ups, entre outras.
O Tribunal de Contas da União fez o acompanhamento do restabelecimento e recuperação das áreas atingidas pelas chuvas ocorridas a partir de novembro de 2021 nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O relator da matéria foi o ministro Jorge Oliveira.
O que fazem as operadoras
As operadoras de telecomunicações já enviam alertas por SMS para a população que reside nas áreas atingidas pelos desastres naturais. Desde o ano passado, a Anatel está liderando a implementação da tecnologia de cell broadcast, que apresenta uma janela persistente (pop-up) acima do conteúdo visualizado na tela do smartphone – e que complementará as notificações existentes em SMS (que, por sua vez, também passará por evolução).
A nova forma de envio representa uma evolução de tecnologia nas mensagens de emergência de desastres, que atualmente são enviadas pelos órgãos de Defesa Civil aos cidadãos pré-cadastrados na plataforma em região que esteja sob risco.