O deputado Paulo Azi (União/BA) informou em postagem via Twitter que não será ministro das Comunicações do governo Lula. Com isso, caso o ministério permaneça na composição política com o União Brasil, outro nome precisará ser indicado.
O Ministério das Comunicações também está sendo utilizado como contrapartida nas negociações de apoio com o PSD, e nesse caso o deputado André de Paula (PSD/BE) seria o nome mais cotado para coordenar a pasta.
Ainda assim, está sendo costurada nos bastidores uma operação para tirar da esfera de coordenação do Ministério das Comunicações a secretaria de serviços e direitos digitais, que supostamente centralizará o debate sobre regulação das big techs. A ideia é transferi-la para outro ministério, e o mais provável é que seja a Secom (Secretaria de Comunicações da Presidência), coordenada por Paulo Pimenta (PT/RS). A Secom é o braço de comunicação do governo, responsável pela publicidade oficial, pelos posicionamentos públicos e pela Empresa Brasil de Comunicações (EBC). O Ministério das Comunicações continuaria coordenando as políticas de conectividade, como faz hoje, por meio da secretaria de telecomunicações, mas não seria ele o foco central do debate sobre regulação.
Outra ideia é deixar o debate sobre o tema descentralizado, elegendo dois ou três porta-vozes no Executivo e Congresso que falariam publicamente sobre a posição do governo sobre o tema.