A Vivo está concentrando a maior parte de seus esforços comerciais na manutenção de clientes de alta ARPU. Essa seria uma das razões para a contínua queda de market share da companhia nos últimos trimestres. O assunto foi um dos mais debatidos durante encontro do presidente da companhia, Roberto Lima, com analistas de mercado para discutir os resultados do terceiro trimestre nesta sexta-feira, 28, na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo.
?As novas parcelas do mercado estão sendo ocupadas por meio de altos subsídios?, afirmou o presidente da companhia. Ele é a favor de uma postura mais cautelosa em relação à expansão em faixas de mercado cujos consumidores têm baixo poder aquisitivo. Lima acredita que mais cedo ou mais tarde a expansão chegará a um limite e seus concorrentes dirigirão os ataques no sentido de roubar os clientes mais rentáveis da Vivo. ?Seremos agressivos na manutenção dos clientes high end. Queremos que eles troquem de aparelho, mas não de operadora?, disse o presidente da Vivo aos analistas.
Um sinal da estratégia da Vivo pode ser notado no desempenho de sua Arpu. A receita média por usuário caiu de R$ 32,4 para R$ 27,7 em um ano, mas se analisada somente a Arpu de usuários pós-pagos houve um crescimento de R$ 87,7 para R$ 92,8 no mesmo período.
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