A pressão para que a faixa de 700 MHz seja destinada no futuro para serviços móveis no Brasil começou. Os presidentes das duas maiores concessionárias nacionais, Oi e Telefônica, afinaram o discurso quanto ao tema e pediram por licenças nessa faixa durante evento realizado pela Firjan nesta segunda-feira, 28, no Rio de Janeiro. "Consumimos todo o espectro em 800, 900, 1800, 1900 e 2100 MHz. Agora aguardamos o leilão de 2,5 GHz, mas é uma frequência cara e difícil de trabalhar. A faixa de 700 MHz é usada com êxito nos EUA. Temos que iniciar agora os trabalhos para podermos usar a faixa de 700 MHz no futuro", disse Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica, que recentemente adquiriu o controle total da Vivo. O presidenta da Oi, Luiz Eduardo Falco, concordou: "2,5 GHz é uma faixa cara, porque é uma frequência mais alta. 700 MHz é a mais desejada". Atualmente, o espectro de 700 MHz é usado para radiodifusão, mas sua destinação será reavaliada devido à migração para TV digital, que consome menos frequência.
Anatel
Presente no mesmo evento, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, disse considerar que a agência reguladora vem licitando novas frequências em um "ritmo razoável". E argumentou que cada licitação é um problema complexo, "do ponto de vista técnico, econômico e político". Ele espera que o leilão de 2,5 GHz aconteça ainda em 2011.
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