Em campanhas publicitárias, o celular pode e deve ser mais explorado como um canal de integração entre múltiplas mídias: essa foi uma das mensagens centrais transmitidas por representantes da Ogilvy, da Unilever e da InMobi em painel sobre publicidade móvel, nesta terça-feira, 28, no Mobile World Congress, em Barcelona.
Naveen Tewari, CEO da InMobi, acredita que o futuro do mobile advertising passa necessariamente por uma maior integração com a TV. Segundo levantamento feito pela empresa, 39% dos usuários da InMobi utilizam o celular enquanto assistem TV. Esses consumidores gastam por dia, em média, 98 minutos vendo TV e 117 minutos usando o celular (seja para voz, dados ou consumo de conteúdo). Tewari sugeriu a adoção de anúncios que dialoguem com as duas telas. Um exemplo seria interagir com uma determinada propaganda exibida na TV mexendo o celular na frente da tela. Estando os dois terminais conectados por alguma rede (bluetooth ou WiFi), o celular receberia imediatamente um conteúdo relacionado àquela propaganda que aparece na TV.
Para Scott Seaborn, diretor de tecnologias móveis da Ogilvy no Reino Unido, no fim das contas é tudo uma questão de contar uma história através de múltiplas plataformas. "Em nosso planejamento, identificamos o que chamamos de 'momentos móveis' do consumidor. E tentamos aproveitá-los", relatou.
A Unilever, por sua vez, enxerga o celular como uma ponte entre os mundos físico e digital, conforme descrito por seu diretor global de inovação em mídia, Jay Altschuler. A empresa parece estar firmemente comprometida com o uso de mobile advertising: "O telefone móvel hoje em dia é a identidade das pessoas", disse o executivo, acrescentando em seguida que dois terços da população mundial acessarão a Internet quase que exclusivamente pelo celular no futuro.