GVT inicia operação de longa distância

A GVT deu início nesta quinta-feira, 27, às suas operações de longa distância nacional e internacional a partir de sua área de cobertura. Até junho deste ano, a GVT oferecerá também telefonia local em São Paulo, para o mercado corporativo e, posteriormente, para as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
O presidente da operadora, Amos Genish, criticou a lentidão da Anatel na indefinição de quatro pontos considerados fundamentais para estabelecer a competição: unbundling, portabilidade numérica, co-billing e interconexão. Para Genish, sem o unbundling, é inviável para a GVT oferecer telefonia local para o assinante de São Paulo.
A espelho está investindo R$ 800 milhões este ano por conta de sua expansão. A meta é faturar R$ 700 milhões este ano (R$ 400 milhões em 2002). Desde o início da operação, a GVT investiu no País R$ 3,6 bilhões. Com 960 mil linhas instaladas e 500 mil em serviço, Genish afirma que nas 54 cidades onde atua o seu market share é de 10%.

Notícias relacionadas

Entraves

O presidente da GVT diz que há dois entraves à competição no Brasil: falta de regulamentação e, nos casos em que há regulamentação prevista na Lei Geral das Telecomunicações (LGT), não há implementação efetiva das regras.
Se o unbundling fosse obrigatório, segundo Genish, seria possível oferecer serviços residenciais em São Paulo e competir com a Telefônica.
Outro ponto criticado por Genish é o co-billing. A Anatel definiu o valor de R$ 0,78 para o co-billing da Intelig mas a GVT considera que esse valor ainda é alto demais. A espelho, até o momento, não conseguiu fechar nenhum contrato de co-billing, nem mesmo com a concessionária de sua área, a BrT.
A lentidão da Anatel é outra reclamação da GVT.
Genish criticou sua concorrente, a BrT, e disse que a operadora se comporta de uma forma nas 54 cidades onde compete com a GVT e de outra onde não tem concorrência. Para citar um exemplo, o vice-presidente de assuntos jurídicos e corporativos, Alexandre D´Ambrosio, afirmou que foi constatado um bloqueio entre 20% e 30% das chamadas de números da GVT para um provedor de Internet. A Anatel investigou e realmente constatou a irregularidade. No entanto, quase cinco meses após essa constatação, a agência até agora não puniu a BrT.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!