A Huawei entrará no mercado brasileiro de celulares neste ano e pretende conquistar o seu espaço com a mesma estratégia com a qual conseguiu grande participação em equipamentos de rede de telecomunicações e modems 3G em um curto espaço de tempo: preços agressivos.
"Queremos entrar muito forte nessa disputa e conquistar boa parte do mercado em pouco tempo. Nossa estratégia será em formar parcerias sólidas com as operadoras. Estamos agressivos, como normalmente somos no mercado, e com os preços que oferecemos teremos um volume de vendas muito alto", acredita Luis Fonseca, diretor da divisão de terminais da Huawei.
Com contrato assinado com a TIM para o desenvolvimento de smartphones com o sistema operacional móvel Android, do Google, a empresa aponta que também atuará com celulares mais básicos e seus aparelhos já chegarão ao mercado a partir de março.
Segundo o executivo, o contrato assinado com a TIM não é exclusivo e a fabricante chinesa está negociando com todas as operadoras para aumentar a penetração dos seus dispositivos móveis no território brasileiro. A meta da companhia é colocar no mercado entre quatro a cinco modelos neste ano, dos quais cerca de 2 seriam smartphones. "Não estamos amarrados e nossa meta é de fechar com as quatro grandes operadoras do Brasil (Vivo, TIM, Claro e Oi)".
O celular desenvolvido com a TIM deverá ser comercialmente disponibilizado no mercado entre o fim do terceiro trimestre e início do quarto trimestre. Segundo o executivo, para os modelos de smartphones, as operadoras estão muito interessadas no sistema operacional Android.
A expectativa da companhia para a venda de seus aparelhos é tão otimista, que até planos de produção no Brasil dos celulares mais básicos já são cogitadas. "Se atingirmos a demanda que esperamos, deveremos passar a produzir alguns modelos no Brasil ainda em 2009", afirma Fonseca.
A manufatura seria terceirizada para a Flextronics, que é uma parceira global da Huawei e quem produz os modems 3G da companhia no País. Além disso, Fonseca analisa que em um curto espaço de tempo, a fabricação já estaria adaptada para a montagem dos aparelhos. "A fábrica da Flextronics já tem capacidade para isso, e seria necessário apenas um tempo de treinamento da linha de produção, o que no nosso caso seria muito rápido", comenta.