A apresentação, nesta sexta-feira, 26, de um plano antipane pela Telefônica para seu serviço de banda larga não soluciona um dos principais riscos à oferta de Internet no estado de São Paulo. O aumento intenso do tráfego de dados, que tem sobrecarregado os cabos submarinos que permitem o trânsito de informações intercontinental. E, por ora, ainda não há uma solução concreta para superar este problema no caso da Telefônica.
A empresa, que detém o cabo Emergia, admitiu hoje estar com sua capacidade no limite. E, segundo o presidente Antônio Carlos Valente, uma solução tecnológica para o aumento da capacidade pode não ser tão simples. "Hoje estamos chegando praticamente no limite da eletrônica. E pensar que esses cabos foram feitos na década de 90 e tinham uma alta capacidade ociosa…", rememorou o executivo.
Com o gargalo na transmissão das informações para os roteadores internacionais, a Telefônica já estuda comprar capacidade em outro cabo submarino fora de seu grupo para funcionar como uma "redundância". Segundo Valente, o cabo GlobNet da Oi não é uma alternativa viável neste momento pois, somada a ocupação e as reservas feitas pela empresa, já estaria também com sua capacidade preenchida. A opção deve ser a compra de espaço no Nautilus, cabo da Telecom Italia.
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