Analistas de mercado reagem mal ao fim da indexação

Entre analistas de mercado, as críticas do ministro Miro Teixeira à indexação das tarifas telefônicas foi mal recebida. Ainda que admitam que o peso da telefonia nos índices de custo de vida não seja exatamente baixo (no IPC-FIPE, a fixa pesa 2,33% e a celular 0,66%), teme-se pelo uso político das tarifas, tirando previsibilidade sobre os resultados das empresas.

Quem perde

Para analistas ouvidos por TELETIME News, se houver renegociação tarifária para antes do final dos contratos (2006), ela se dará apenas no segmento de telefonia fixa, de peso relativamente maior nos índices. E a maior perdedora, nesse caso, seria a Telemar, justamente a mais endividada (dívida líquida de R$ 9 bilhões) e a que mais depende da geração de caixa para dar conta de seus compromissos. Pela ordem de prejuízos, viriam a seguir a Brasil Telecom e, por fim, sofrendo impacto bem menor, a Telefônica. Para a Embratel, a tarifa já não tem grande importância: desde que passou a ser afetada pela forte concorrência, nunca repassou integralmente os percentuais autorizados.

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Um detalhe importante para o qual os profissionais de mercado chamam a atenção: deixando de lado o reajuste dos celulares, a mudança de política tarifária não chegaria a afetar de forma expressiva os investidores estrangeiros. Telefônica, Portugal Telecom, Telecom Italia e Telecom Américas, os principais, ficariam praticamente à margem do conflito.

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