CPqD divulgou nesta quinta, 25, o desenvolvimento de novos chips para sistemas de comunicação ótica, que a entidade considera como projetos "estratégicos" para a indústria brasileira no setor, que hoje depende de componentes importados e com poucos fornecedores. O CPqD trabalha em dois projetos: um de processador de sinais digitais (DSP, na sigla em inglês) para módulos que realizam a transmissão por fibra ótica com tecnologia de modulação coerente; e outro para manipular e combinar sinais com diferentes taxas de transmissão e protocolos distintos, transmitindo dados a 100 Gbps.
O primeiro projeto do DSP terá circuitos integrados que utilizam tecnologia de 16 nanômetros (um nanômetro é igual a um milésimo de milímetro) e 100 milhões de portas lógicas. O desenvolvimento conta com apoio do Funttel e do Ministério das Comunicações, e tem prazo previsto para três anos de duração, com conclusão para o final de 2015. O segundo projeto, também com três anos de duração, conta com recursos do BNDES. O objetivo é desenvolver um processador de transporte de redes óticas (OTN, na sigla em inglês) com tecnologia de 40 nanômetros e aproximadamente 40 milhões de portas lógicas. A ideia é fazer manipulação e combinação de sinais com diferentes taxas de transmissão e protocolos distintos, transmitindo em seguida a 100 Gbps.
O CPqD está montando duas equipes de profissionais com experiência em microeletrônica, incluindo a contratação de cerca de 40 pessoas no mercado. Os circuitos integrados serão produzidos pela Taiwan Smiconductor Manufacturing Company (TSMC).