SES negocia chegada de canais lineares em 4K para o Brasil

A SES está em negociação cinco canais com conteúdos 24 horas em 4K. A companhia ainda não divulga quais são as empresas estrangeiras porque ainda estão fechando registro na Ancine e começando a trabalhar com a dublagem e legendagem, mas elas já testam a transmissão do sinal de satélite para as operadoras. Segundo conta o vice-presidente de vendas da operadora satelital, Jurandir Pitsch, são conteúdos dos Estados Unidos e da Europa. "Não são canais premium, não tem Disney nem Discovery, são mais segmentados, de natureza, esporte, esporte radical, música e moda", explicou ele a este noticiário.

A ideia da operadora de satélites é aumentar a oferta de conteúdo em Ultra HD na região, especialmente para o período após a Copa do Mundo da Rússia. Por enquanto, a capacidade satelital é capaz de lidar com a demanda, embora o executivo reconheça que "quanto mais capacidade, melhor" para jogar o sinal para as cabaceiras de rede.

Por enquanto, a estratégia tem foco em solo firme. A companhia trabalha com uma plataforma, lançada em testes em abril, na qual distribui equipamentos em cabeceiras de rede e habilita conteúdos. Pitsch afirma ser uma fase ainda mais técnica, na qual os donos de conteúdos negociam com as operadoras e usam a solução da SES para demonstrar a viabilidade. "A gente espera que os primeiros contratos sejam feitos logo, lá para agosto e setembro, após a Copa", diz.

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Como a demanda ainda é pequena, a empresa trabalha em um esquema de parceria com os produtores. "Deixamos o dono do conteúdo subir na nossa plataforma e ele só passa a pagar quando consegue fechar acordo de distribuição com Net, Oi, Claro etc., e ele consegue colocar sinal promo, sem custo, e passar a promover e mostrar o sinal. No dia em que fecha contratos, passa a remunerar. Não precisa gastar uplink e satélite até o momento em que começa a receber pela venda do conteúdo."

O objetivo da operadora satelital é impulsionar a criação de conteúdo, criando um ecossistema 4K que possa melhorar a visibilidade para programadoras, que acabam comprando mais capacidade para transmissão na resolução em satélite para os headends das operadoras. Isso porque a distribuição do sinal em Ultra HD necessita de pelo menos quatro vezes mais capacidade satelital. "Cada canal UHD são 18 MB por satélite, consegue colocar de três a quatro canais, dependendo do transponder. Com HD normal são sete ou oito canais", compara o executivo.

Mesmo assim, Jurandir Pitsch considera que a capacidade atual da SES para o mercado nacional é suficiente para atender a demanda no momento. A empresa lançou recentemente dois satélites – o SES-10, que entrou em operação em maio de 2017; e o SES-14, no começo deste ano. Este último já está na posição orbital  47,5º Oeste e começará a operar a partir de 1º de setembro. Em curto prazo, apenas os satélites de órbita média (MEO) da O3b é que deverão ser lançados com cobertura na região no início de 2019. "O próximo GEO é o SES-17 no final de 2020, e que é banda Ka pura, mas temos o SES-10 e o SES-14 para trabalhar nos próximos dois anos", afirma.

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