Reclassificação de ações da América Móvil deve reduzir capital votante da família Slim

Controladora da Claro, a mexicana América Móvil propôs uma reclassificação de ações que pode reduzir o capital votante da família Slim na companhia – mas sem colocar em risco a posição de controle.

Pelos termos divulgados nesta semana (e que dependem de aprovações de acionistas e regulatória), as ações A, AA e L da América Móvil seriam unificadas em uma única série de papéis ordinários, todos com igual direito a voto.

"Das 20,6 bilhões de ações AA (aquelas com direito a voto), a família Slim possui 83% [atualmente]", apontou o BTG Pactual, em relatório. "Com base nas informações divulgadas, a família terá 53% de ações da AMX após a reclassificação acionária, mantendo assim o controle total da empresa", calculou a área de pesquisa do banco.

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O BTG descreveu a América Móvil como uma empresa historicamente familiar, com investidores exercendo pouca influência na tomada das decisões. Neste sentido, as mudanças na empresa fundada pelo mexicano Carlos Slim poderiam ser bem avaliadas pelo mercado.

"Este movimento é projetado para e simplificar a estrutura, algo que acreditamos ser bem-vindo. Embora a família Slim mantenha total controle (com 53% de participação) após a conversão de ações, os acionistas que alcançarem posições acionárias relevantes poderão exercer seus direitos políticos".

Além da reclassificação de ações, a América Móvil concluiu neste ano outro movimento importante de reestruturação, ao segregar torres em uma empresa apartada (a Sitios Latam).

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