Com uma proposta de R$ 6 milhões, a StarOne ganhou a primeira posição em disputa na abertura do leilão entre três empresas, que participam da licitação para o direito de exploração de satélite brasileiro.
A Loral Sky Net, segunda colocada com a proposta de R$ 1,756 milhão, desistiu de cobrir a proposta da concorrente. A terceira colocada nesta rodada da licitação foi a Hispamar, com R$ 1,727 milhão. O preço mínimo por cada direito de exploração era de R$ 1,570 milhão. Após ser declarada vencedora da primeira fase do certame, a StarOne apresentou a proposta técnica definindo-se pela posição orbital em 75° W para operar as bandas C, Ku, L e S utilizando quatro grupos de faixas de freqüência que permitirão ao futuro satélite cobrir de forma diferenciada o território brasileiro, inclusive mar territorial e ilhas oceânicas, América do Sul e América do Norte.
Dois grupos de faixas de freqüência destinam-se a fazer uma cobertura denominada ?feixe global?, que no jargão técnico significa 40% da face do globo voltada para o satélite.
Haverá disputa
De acordo com a presidente da Comissão de Licitação e gerente-geral de Satélites e Serviços Globais da Anatel, Sueli Matos de Araújo, aparentemente o grande interesse da StarOne em ser a primeira colocada se deve à possibilidade de transferir para esta nova posição o satélite que opera na posição 65° W. Este satélite ainda tem algum tempo de vida útil, mas deve dar lugar no começo do próximo ano ao C1. Operando em 75° W, este satélite antigo deve continuar a prestar serviços até que um novo seja construído para ocupar a nova posição.
Segundo uma outra fonte da Anatel, a StarOne precisaria de mais uma posição para atender às futuras necessidades de substituição de seus satélites antigos e, por isto, deve vir com força para conquistar o segundo direito de exploração. Esta necessidade faz prever uma disputa muito acirrada ao menos pela terceira etapa do leilão quando as duas operadoras mais novas (Hispamar e Loral) devem disputar o direito que resta.