O segmento de pequenas e médias empresas (PMEs) traz boas oportunidades às operadoras. São clientes que precisam de serviços customizados e são bastante sensíveis aos custos. Uma pesquisa realizada pela Ciesp (Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo) entre seus associados mostrou que a maioria das pequenas empresas não vê necessidade imediata de banda larga para seus negócios. ?É um serviço novo e não há informação sobre sua importância. As operadoras são pouco agressivas nesse segmento?, disse Verner Dittmer, diretor da Ciesp, durante o IV Seminário Serviços Corporativos, promovido pela TELETIME E TI Inside.
Entre as prioridades da oferta da Brasil Telecom para o segmento de PMEs, segundo Eugênio Pimenta, diretor de produtos, estão a banda larga, VoIP e hospedagem de sistemas. Ele destaca que as pequenas empresas gastam apenas 3% de seu orçamento com telecomunicações. ?Existe um grande mercado e muitas ofertas para esse segmento hoje pouco atendido", afirmou. Entre as oportunidades ele aponta a integração da telefonia fixa com a móvel, multiconferência (internet, vídeo e web) e telefonia IP corporativa.
A operadora de satélite Hispamar também vê boas oportunidades entre as PMEs. Segundo o diretor Sérgio Chaves, a empresa está desenvolvendo uma oferta de banda larga via satélite em conjunto com a Sky.
Embratel busca confiabilidade
A Embratel também ataca mercado de telefonia IP. A operadora anunciou esta semana seu serviço de VoIP com a Net. Segundo Elisabete Couto, diretora de marketing para o mercado corporativo, a parceria com a Net é voltada fundamentalmente ao mercado residencial e SoHo, e estará disponível em alguns meses. "Os acionistas estão investindo muito nesse segmento", diz. O diferencial do produto da Embratel, destaca a executiva, é que a tele não pretende oferecer VoIP com a qualidade dos serviços oferecidos no mercado. O principal atributo do serviço de voz será a confiabilidade. Mas há outros produtos no cardápio da tele, entre eles o Vip Tudo, rede de VoIP customizada por segmento de mercado. A Embratel também instala infra-estrutura de redes para localidades rurais, onde cooperativas oferecem os serviços de telecomunicações para seus cooperados.
Inclusão empresarial
Para Dittmer, da Ciesp, os serviços são pouco rentáveis em áreas de baixa densidade para as operadoras (rurais e no interior do Brasil), por isso seria necessário uma política específica para a ?inclusão empresarial?. ?O desenvolvimento da economia no interior do País deveria ser uma política de governo, para evitar o êxodo para os grandes centros?, afirmou. Ele destaca que seriam necessários mais investimentos e uma mudança das leis para que fosse possível o uso do Fust.
