Seae consulta Embratel sobre impactos da BrOi

O início da análise econômica sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi contou com a colaboração da Embratel, concorrente das companhias especialmente na oferta de dados no país. A participação da Embratel foi solicitada pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, órgão responsável pelas análises mercadológicas nos processos de aquisição e fusão de companhias.
A confirmação de que a opinião da Embratel foi solicitada veio por meio de nota oficial da Seae, após circular a informação de que a concessionária havia solicitado acesso ao processo de compra da BrT pela Oi. Em princípio, a empresa não teria tido acesso à papelada em análise no Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Sua atuação foi apenas no sentido de prestar informações sobre os serviços de dados oferecidos hoje no Brasil, segundo a Seae.
"Considerando a recente apresentação, ao SBDC, da operação de fusão entre as empresas Brasil Telecom e Oi, a Seae encaminhou ofício, em 4 de junho de 2008, à Embratel, solicitando informações acerca do mercado de serviços de provimento de acesso à Internet discado e banda larga", informou a secretaria. O procedimento de solicitação de informações aos agentes do mercado interessados ou afetados pelas operações, segundo a nota, é rotineiro no sistema de antitruste.

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Um comunicado da Embratel reforça que a participação da concessionária no processo da análise foi meramente na entrega de informações solicitadas pela secretaria. "A análise técnica visa assegurar que os efeitos da operação não restrinjam, de forma alguma, a livre concorrência, em prejuízo ao consumidor. É nesse sentido que a Embratel contribui e sempre contribuirá quando solicitada pelos órgãos de defesa da concorrência", explica a operadora.
Antes que a operação seja julgada no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), a Anatel também deverá preparar uma análise sobre a compra da BrT. Por enquanto, o caso não está sendo avaliado pela agência reguladora, embora já tenha dado entrada na autarquia. Isso porque, no momento, a operação não é permitida já que o Plano Geral de Outorgas (PGO) em vigor impede a operação em mais de uma região de uma mesma concessionária.
A Anatel colocou em consulta pública uma proposta de novo PGO que permitirá a união das empresas. O texto receberá contribuições até o dia 1º de agosto, se não houver novo adiamento.

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