Para Claro, um novo competidor no mercado móvel precisa 'fazer bem as contas'

A Claro vê um cenário desafiador para entrantes regionais e nacionais no mercado de redes móveis. Durante debate promovido no TELETIME Tec, o CEO para área de consumo da empresa, Paulo César Teixeira, recomendou que eventuais interessados "fizessem bem as contas" antes de uma entrada no segmento, em referência à possibilidade de novos entrantes nos mercados regionais e também aos operadores de redes neutras.

O executivo afirmou que a operação de uma rede 5G é bem mais complexa que a das redes de fibra óptica (onde o modelo de ISPs é bastante consolidado e onde os custos, segundo o executivo, são relativamente baixos no Brasil, ao contrário do que acontece no 5G). "Quem quiser entrar nesse mercado, entre, mas com a perspectiva de que não é fácil", afirmou Teixeira, destacando uma "rentabilidade que não é das mais animadoras considerando o custo de capital".

Em relação aos possíveis operadores de redes neutras móveis, Teixeira reconheceu que há empresas interessadas e com disponibilidade de recursos para a empreitada, mas apontou que a sustentabilidade do modelo dependerá da presença de um cliente âncora que contrate a capacidade. "Alguma receita tem que ser assegurada, senão não viabiliza esse investimento", opinou.

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Torcida

Pela Algar Telecom, o diretor de negócios de varejo, Márcio de Jesus, foi outro a reconhecer que a complexidade das redes como o 5G e outras variáveis seriam obstáculos para um operador móvel neutro, mas sinalizou que este é um modelo que está sendo observado pela empresa, assim como a entrada da empresa na disputa por um bloco nacional.

A empresa manifestou torcida que o modelo de redes neutras se viabilize, uma vez que seria uma alternativa para operadores regionais como a própria Algar alcançarem escala nacional de cobertura.

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