A Telefônica registrou crescimento no lucro e nas receitas em 2014, segundo resultado financeiro da operadora divulgado nesta terça-feira, 24. O lucro líquido cresceu 2,4% no trimestre, total de R$ 1,260 bilhão, e 32,9% no ano, total de R$ 4,936 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (EBITDA) foi de R$ 2,960 (6,6% de crescimento) e R$ 10,616 bilhões (1,2%) no trimestre e no ano, respectivamente. A margem EBITDA foi de 32,7% – aumento de 1,5 ponto percentual – no trimestre, ficando estável em 30,3% no ano.
Importante ressaltar que a companhia não incluiu itens não recorrentes, como venda de torres, para não atrapalhar a leitura do comparativo anual. No entanto, no lucro líquido estão incluídos tais itens.
Receitas de dados em alta
No último trimestre do ano, a Telefônica registrou receita operacional líquida 1,8% acima no comparativo anual, total de R$ 9,047 bilhões. No ano, o acumulado foi de R$ 35 milhões, 1,3% acima do registrado em 2013.
A receita líquida de serviços foi de R$ 8,747 bilhões no trimestre (aumento de 2,1%) e de R$ 33,784 bilhões (1,6%). A companhia conseguiu aumento de 5,8% (R$ 5,918 bilhões) nos na receita de serviços móveis no trimestre e de 4,6% no ano (R$ 22,524), o que acabou compensando a queda de serviços fixos: 4,8% no trimestre (R$ 2,828 bilhões) e 3,9% (R$ 11,260 bilhões) no ano.
A companhia destaca o aumento de 22,4% no trimestre nas receitas de dados e SVA, que totalizou R$ 2,282 bilhões no período. No ano, foram R$ 8,308 bilhões, aumento de 20,8%. Somente de Internet, a companhia cresceu 32,2% no ano (total de R$ 4,942 bilhões), e em SVA houve aumento de 42,6% (total de R$ 1,660 bilhão). Por outro lado, a receita com SMS teve queda anual de 13,6% (R$ 1,973 bilhão), que a companhia acredita que é "reflexo da maturidade do serviço".
Móvel em ascensão
A companhia encerrou o ano com 79,938 milhões de acessos móveis, aumento de 3,5% no ano. Desses, 28,355 milhões eram de acessos pós-pago (aumento de 19,7%), o que garantiu à operadora um mix de pós-pago de 35,5% de sua base, aumento de 4,8 pontos percentuais (p.p.). Foram registrados 51,582 milhões de pré-pagos (recuo de 3,7%) e 3,513 milhões de acessos máquina-a-máquina (M2M), aumento de 48,7%. A companhia afirma ter um market share de 41,8% no pós-pago e 50,8% no segmento de terminais de dados de banda larga.
De acordo com a Telefônica, os smartphones são 66% da base da empresa. Por segmento, 84% da base pós-paga utiliza esse tipo de aparelho, contra 49% na pré-paga.
A taxa de churn ficou estável em 4,1% e a receita média por usuário (ARPU) dos serviços móveis aumentou 0,5% no ano, total de R$ 23,7. O ARPU de voz foi de R$ 15 (7,2% de queda), enquanto de dados aumentou 16,9% (R$ 8,8). O ARPU pré-pago decaiu 3% e fechou o ano em R$ 12,3. Os minutos de uso (MOU) aumentaram 8,5% no ano, totalizando 134,5.
Fixa estável
No negócio fixo, o único segmento que mostrou crescimento significativo foi o de TV por assinatura, que exclui assinantes do serviço over-the-top (OTT) Vivo Play: foram 22,3% de aumento na base, totalizando 771 mil clientes. Dentro da base de TV paga, 591 mil são DTH (crescimento de 26%). A companhia afirma ainda ter crescido 38% em IPTV (17 mil de novos acessos).
A banda larga fixa ficou praticamente estável (0,1% de crescimento), fechando o período com 3,925 milhões de acessos. O total de acessos de voz fixa caiu 0,1%, ficando em 10,742 milhões. No total, houve aumento de 0,9% nos acessos fixos somados, chegando a 15,437 milhões.
A Telefônica diz que as adições líquidas da banda larga com fibra aumentaram 1,6 vez, totalizando 52 mil novos acessos no ano. A companhia afirma ainda ter 61% do share de adições líquidas entre as ofertas de banda larga acima de 34 Mbps em São Paulo.