A Algar Telecom pretende chegar ao final do ano com 50% da população em sua área de cobertura atendida com 5G. O lançamento da oferta em 32 das 87 cidades potenciais na área da Algar até dezembro, explica Márcio de Jesus, VP da unidade B2C da operadora, marca a fase de amadurecimento do projeto, que desde o seu lançamento vem evoluindo de maneira gradual e com foco na otimização de investimentos e crescimento da receita média por usuário.
"A gente vê o 5G como uma forma de reduzir o custo por bit nos investimentos, ter mais qualidade nos serviços e fazer com que o cliente aumente seu gasto médio, mas sem diferenciar os produtos", explica o executivo, justificando o fato de que o 5G é naturalmente acessível aos usuários 4G, bastando a troca do aparelhp. " O que a gente vê é o cliente de 5G indo para os nossos planos maiores ou mesmo para a oferta ilimitada", diz.
A Algar tem apostado também na otimização do espectro, incluindo a divisão da faixa de 2,3 GHz entre o 5G e o 4G onde necessário, e agora se prepara para o lançamento do VoLTE para viabilizar o serviço de voz nas redes de dados. Entre os entraves opara uma ampliação do 5G, aponta Márcio de Jesus, está a base ainda pequena de aparelhos no mercado.
Sobre a faixa de 26 GHz, em que a Algar adquiriu mais de 1 GHz de capacidade no leilão de 5G, Márcio de Jesus diz que o mais provável é que ela seja utilizada para aplicações corporativas pela empresa, pois em sua área de cobertura de fibra o FWA (acesso fixo pela rede 5G) não faria muito sentido, mas a estratégia ainda depende de uma quantidade maior de dispositivos homologados.