GSMA e ITU Americas apostam em flexibilização regulatória para crescimento do 5G

Logotipo do 5G. Foto: Pixabay

Um dos temas mais discutidos durante o Latam ICT Forum 2022, iniciado nesta quinta-feira, 23, em Cancún (México), foi a necessidade de simplificação e flexibilização regulatória para alavancar o crescimento do 5G na região. Especialistas foram além: defenderam a adoção de um novo perfil por parte dos órgãos reguladores.

Para o head da GSMA para a América Latina, Lucas Gallito, estas mudanças são fundamentais para que as telecomunicações cumpram seu papel de inclusão social e construção de uma sociedade mais sustentável. O executivo lembrou que a região tem, atualmente, 97% de cobertura, mas que somente 44% da população utilizam a internet. Esse gap seria causado por falta de interesse ou, principalmente, de uma cultura digital.

"Isso mostra que as redes 4G ainda têm potencial de expansão e devem ser as principais a serem utilizadas até 2025. No entanto, é preciso ter consciência de que o 5G é um ativo estratégico para o aumento de produtividade e que vai habilitar uma nova geração de aplicações", defende, lembrando que o uso da tecnologia deve injetar US$ 960 bilhões à economia global até 2030.

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Para que esses resultados sejam alcançados sem sustos, Gallito defende a implementação de políticas habilitantes que garantam o retorno nos investimentos a serem feitos nas novas redes. Estas políticas seriam baseadas em fatores como a simplificação e a flexibilização regulatória, estimulando a inovação; e a disponibilização de espectro a preços mais adequados.

Na mesma linha, Carlos Lugo, head de inovação e desenvolvimento da ITU Americas, lembra que as medidas são importantes para que a entidade chegue à meta de 100% de conectividade na região até 2030. "Hoje, no mundo, temos 2,9 bilhões de pessoas sem acesso, 96% delas vivendo em países em desenvolvimento", diz, lembrando que o acesso universal é importante também em outras frentes. Um exemplo citado por ele é que hoje 62% dos homens têm acesso à internet, contra 57% das mulheres. Nos países em desenvolvimento, o percentual de acesso pelas mulheres cai para 19%.

Lugo acredita que, para cumprir o objetivo de levar conectividade a 100% das cidades do mundo, há uma série de desafios regulatórios e de políticas públicas a serem enfrentados. "Os reguladores precisam ser mais colaborativos, harmonizando diferentes setores da sociedade", afirma, lembrando que isso inclui a simplificação e a flexibilização regulatória; a inclusão de novos agentes no ecossistema e a adoção de um novo enfoque de financiamento. Um exemplo citado por ele é a iniciativa Partner2Connect, que tem o objetivo de estimular a conexão em todo o mundo, assim como as iniciativas que levem a isso, aumentando os acessos e os investimentos. (* – Conteúdo patrocinado pela Huawei)

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