A Huawei mais do que dobrou o seu lucro líquido ao longo de 2023. Conforme relatório anual divulgado durante o feriado de Páscoa, o lucro da empresa saiu de 35,5 bilhões de yuans em 2022 para 86,5 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões) no ano passado.
No período, a margem operacional foi de 6,6% para 14,8%, apontam os dados anuais auditados pela consultoria KPMG.
Na mesma base anual, as receitas da fornecedora cresceram 9,6%, para 704 bilhões de yuans (R$ 492,7 bi). Boa parte da boa performance é decorrente da vertical de consumo da companhia, que avançou 17,3% entre um ano e outro, chegando a 251,4 bilhões de yuans (cerca de R$ 175,9 bi) nos 12 meses encerrados em dezembro.
Já na parte de infraestrutura de TIC – que detém a maior parte das receitas e que reflete os gastos das operadoras de telecom –, houve uma ligeira expansão de 2,3% em 2023, para 361,9 bilhões (cerca de R$ 253,2 bi).
Em cloud computing, houve crescimento de 21,9%, para 55,2 bilhões de yuans (R$ 38,6 bi). Já na linha de energia (digital power), as receitas subiram 3,5%, para 52,6 bilhões de yuans (R$ 36,8 bi).
Por sua vez, a maior alta veio da divisão de soluções inteligentes automotivas, da ordem de 128%, para 4,7 bilhões de yuans (R$ 3,29 bi).
Desafios
O presidente rotativo da Huawei, Hu Houku, destacou que a empresa "passou por muitos desafios nos últimos anos, mas, enfrentando um desafio após o outro, conseguiu crescer."
"Em 2023, o nosso negócio de infraestruturas de TIC permaneceu sólido e a nossa divisão de consumo correspondeu às expectativas. Nossos negócios de computação em nuvem e de energia digital cresceram de forma constante, e a vertical de soluções automotivas inteligentes começou a ser entregue em larga escala", afirma Houku.