Com a iminente chegada de serviços 5G na América Latina, a abordagem de órgãos reguladores da região também precisa passar por uma modernização, defendeu a União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Oficial da entidade para as Américas, Carlos Lugo Silva realizou a avaliação durante o primeiro dia do Latam ICT 2022, iniciado nesta quinta-feira, 23, no México. "Os reguladores também precisam ser de quinta geração", defendeu o representante da entidade global para telecom vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Para tal, a postura de agências nacionais para telecom deveriam considerar alguns conceitos novos, de acordo com Lugo Silva. Entre eles estão:
- uma abordagem regulatória colaborativa, que envolva outros setores produtivos;
- o uso intensivo de TICs na atividade regulatória (inclusive para modernização da gestão do espectro);
- o incentivo à inovação por meio de ferramentas como sandboxes e afins;
- novas alternativas para estruturação financeira de projetos;
- a ampliação do incentivo ao compartilhamento de infraestrutura;
- maior colaboração internacional;
- e esforços para diminuição da carga tributária.
Gênero
Outro ponto de atenção trazido pelo representante da UIT foi o gap de conectividade entre homens e mulheres – especialmente em países em desenvolvimento.
Globalmente, 62% dos homens utilizam a Internet, em comparação com 57% entre as mulheres, apontou a UIT, citando dados do final do ano passado. Nos países com economia pouco desenvolvida, a situação é ainda mais preocupante, com a diferença entre os dois gêneros ficando entre 31% e 19%, pontuou Lugo – que defendeu políticas públicas para mudanças no quadro. (O jornalista viajou para Cancún a convite da Huawei).