Conteúdo móvel movimentou US$ 2,4 bilhões entre operadoras na América Latina em 2009

O mercado de conteúdo móvel gerou uma receita de cerca de US$ 2,4 bilhões para operadoras na América Latina em 2009, sendo US$ 920 milhões no Brasil. No mesmo período, a base de usuários que consumiram pelo menos um conteúdo móvel na região foi de 63 milhões, sendo 19,5 milhões no Brasil. Os dados fazem parte de um estudo inédito realizado pela Frost & Sullivan, com dados coletados junto a 17 operadoras dos seis principais países da América Latina, que juntos respondem por mais de 95% do PIB da área: Brasil, México, Argentina, Chile, Venezuela e Colômbia.
Nesse estudo foram considerados quaisquer conteúdos móveis que geraram receita para as operadoras. Portanto, downloads realizados off-portal, sem revenue share com as operadoras, não estão computados. É o caso, por exemplo, dos downloads na App Store da Apple. Tampouco estão contabilizadas receitas com planos de dados, que muitas vezes aparecem como "serviços de valor adicionado" (SVAs) nos balanços das operadoras. Mensagens de texto entre usuários também estão fora dessa conta.
A relevância desse estudo está no fato de as informações terem sido coletadas diretamente das operadoras e por se concentrar apenas no que efetivamente é conteúdo móvel, não tráfego de dados ou SMS peer-to-peer. A maioria das pesquisas sobre o setor de serviços de valor adicionado (SVA) até o momento, pelo menos no Brasil, eram feitas de projeções baseadas em balanços e informações publicadas na imprensa.

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De acordo com Bruno Netto, analista da Frost & Sullivan e autor do estudo, a receita com conteúdo móvel no Brasil em 2009 foi repartida da seguinte forma: serviços de informação e serviços de assinatura de SVA responderam por 65%; música, 15,5%; jogos, 15%; vídeos e TV, 3%; outros, 1,5%. Em serviços de assinatura estão computados aqueles de assinatura semanal com venda de créditos que dão direito à troca por conteúdos diversos (ringtones, jogos etc). Os outros percentuais se referem às vendas feitas de forma avulsa de músicas/ringtones, jogos, vídeos etc.
Uma das observações feita pelo estudo é o baixo consumo de conteúdos móveis no Brasil. Enquanto no México 29% dos assinantes de telefonia celular compram SVAs, no Brasil o percentual é de apenas 11%. Uma das explicações sugeridas pela Frost & Sullivan está no preço. No Brasil, o preço dos conteúdos, em dólar, é mais alto que no México, em média.
A Frost & Sullivan estima que em 2014 a base de usuários que consumirão conteúdo móvel das operadoras será de 150,4 milhões. O crescimento será proporcionado principalmente pelo lançamento de lojas de aplicativos próprias das teles, prevê o estudo.

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