Negociação com programadores ainda é desafio para Oi

Enquanto a Oi mantém planos de entrar em operação com sua plataforma de DTH ainda em abril, seguindo a estratégia de focar o mercado de usuários de banca C (cerca de 20 milhões de parabólicas), sem a programação Globosat e com preços reduzidos, as negociações de bastidor estão intensas. O maior problema imediato da tele é conseguir fechar com os programadores. São duas as variáveis que estão pesando mais nesse momento: 1) a Oi está forçando os programadores a preços e condições que não são usuais no mercado. Alguns programadores, se cederem, terão problemas com outros contratos já existentes. E as condições que a Oi pede são agressivas inclusive em relação àquilo que é praticado pelos canais junto aos demais operadores associados da NeoTV, grupo de compra de programação do qual a Oi TV é integrante; 2) outra variável é o receio dos programadores em relação ao acesso condicional da Oi, que já anunciou planos de operar na mesma plataforma da Telefônica. Acontece que o sistema de acesso condicional utilizado pela Telefônica, da Nagra, foi quebrado no ano passado e as soluções dadas até aqui, baseadas em correção de software, são consideradas frágeis. Para acabar 100% com o risco de pirataria em sua plataforma de DTH, a Telefônica teria que trocar os cartões de acesso condicional das caixas. A Oi, adotando a mesma tecnologia, estaria sujeita ao mesmo risco, e isso tem sido passado pelos programadores à operadora.

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