João Rezende pede que superintendência inicie estudos de revisão dos grupos com PMS

O presidente da Anatel, conselheiro João Rezende, solicitou à Superintendência de Competição (SCP) que inicie imediatamente os estudos para a revisão dos grupos com Poder de Mercado Significativo (PMS) em cada mercado relevante. A Resolução 600/2012, que aprovou o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), determina que a Anatel faça essa reavaliação a cada dois anos e, portanto, a primeira revisão deve ser feita em novembro deste ano.

Notícias relacionadas
Rezende se manifestou na discussão sobre um pedido de descaracterização de PMS feito pela Algar Telecom. O presidente da Anatel se mostrou preocupado com a quantidade de pedidos de descaracterização de PMS que já chegaram ao Conselho Diretor e que estão ainda sendo analisadas pela Superintendência.

"Estamos atravessando um momento de reavaliação do PGMC e a SCP tem uma série de pedidos de outras empresas. Nós temos que aprofundar nessa questão e deixar o PGMC mais afinado para a revisão que nós temos que fazer até novembro", disse Rezende na reunião do Conselho desta quinta, 23. "Estão surgindo questionamentos sobre os mercados relevantes e a agência tem que ficar atenta a esse embate, que no fundo é um embate competitivo", completou ele.

A preocupação de Rezende tem fundamento. Além do grande volume de pedidos de descaracterização, a Anatel pode ter errado a mão. No processo discutido nesta quinta, relatado pelo conselheiro Igor Vilas Boas, a SCP reconhece que há "indícios de equívoco" na caracterização de PMS da Algar no mercado de infraestrutura passiva. Apesar disso, o Conselho acompanhou o entendimento do conselheiro Igor Vilas Boas e negou provimento ao recurso. O conselheiro entendeu que a "melhor solução" seria manter o status quo e avaliar esses indícios de equívocos "no contexto da revisão bienal".

Além do mercado de infraestrutura passiva, onde a Algar Telecom foi considerada PMS na área 34 (Uberlândia), a companhia também questiona a caracterização como PMS no mercado de redes de transporte local e de longa distância com taxas inferiores a 34 Mbps. Segundo o relato do conselheiro Igor Vilas Boas, a empresa pede a descaracterização não em áreas dos municípios, como prevê a regulamentação, mas, sim, em municípios inteiros.

Outras operadoras, como a Net, questionam a obrigação de compartilhamento de redes HFC, considerada inviável tecnicamente, mas estabelecida como obrigação já que a Net/Embratel é PMS no acesso banda larga. O questionamento da Net está sendo analisado pela área técnica.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!