Faltam hubs de roaming internacional para hotspot 2.0 sair do papel

A tecnologia conhecida como hotspot 2.0 consiste em uma atualização no software dos roteadores Wi-Fi que permite a dispositivos móveis reconhecerem automaticamente pontos de acesso que possuam um acordo de roaming com a sua operadora celular. A novidade já está presente em alguns smartphones top de linha e em roteadores dos principais fabricantes. O que falta para a sua ideia sair do papel é o surgimento de hubs de roaming internacional para essa finalidade, tal como existem hoje para o roaming de telefonia celular. São empresas que trabalham como uma clearing house, computando o tráfego trocado entre as operadoras para calcular quem deve a quem. "Esse é o ponto crítico no momento", afirma a CEO da Ruckus Wireless, Selina Lo, presente no Brasil esta semana para participação na Futurecom, no Rio de Janeiro.

Segundo a executiva, ainda não está definido como será o modelo de negócios entre as operadoras móveis e os hubs de roaming. Uma das dúvidas que paira no ar diz respeito ao critério que será usado para medir o uso do serviço: volume de dados trafegados ou tempo de acesso. Selina espera que o modelo fique mais claro a partir da segunda metade de 2014. A executiva espera que a maioria dos smarpthones vendidos no mundo no ano que vem estarão prontos para acessar redes Wi-Fi com hotspot 2.0.

Novas oportunidades

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Na opinião de Selina, há uma infinidade de potenciais novos negócios relacionando a tecnologia hotspot 2.0 e verticais variadas da economia. Ela cita especificamente o caso de hotéis. Uma grande cadeia de hotéis poderia oferecer seu espaço para a instalação de pontos de acesso de uma rede internacional de Wi-Fi e, em troca, receber a informação de quando um hóspede VIP chega de avião na cidade e se conecta à rede do aeroporto. Assim, o hotel poderia adiantar o check-in dele e até mesmo enviar a chave do quarto para seu smartphone, se usar uma solução de chave via NFC, por exemplo. Programas de fidelidade de companhias aéreas também poderiam usar hotspot 2.0 oferecendo o acesso Wi-Fi a uma rede internacional para seus clientes de alto valor. "Estamos apenas arranhando a superfície desse negócio", conclui a CEO da Ruckus.

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