Resultados da Telefônica ficam abaixo da projeção de analistas

Os resultados de 2005 divulgados pela Telefônica SP/Telesp ficaram um pouco abaixo do esperado, segundo analistas do setor ouvidor por TELETIME News. Apesar de a empresa ter lucrado R$ 2,54 bilhões, o que representa um crescimento de 16,5% em relação a 2004, a queda do número de linhas em serviço de 12,463 milhões para 12,347 milhões, ou aproximadamente 1%, ficou acima do previsto.
Segundo Luciana Leocádio, analista de telecomunicações do BES Securities, a perda de clientes nas chamadas fixas local e de longa distância não era esperada, assim como o lucro líquido. ?Estávamos projetando um lucro líquido de pelo menos R$ 2,62 bilhões?, afirma. A analista também destaca que o Ebitda de R$ 6,55 bilhões, resultado 8,5% superior ao registrado no final de 2004, ficou abaixo dos R$ 6,60 bilhões previstos.

Banda larga

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O balanço mostra um aumento de 46% na base de assinantes do Speedy (conexão à internet que utiliza a tecnologia ADSL), que alcançou 1,2 milhão.
Para um analista de telecomunicações do Unibanco que não quer ser identificado, este crescimento de usuários de banda larga não pode camuflar a queda no número de assinantes na telefonia fixa. ?O carro-chefe de uma empresa de telefonia é a chamada fixa, tanto local quanto de longa distância. A queda de 1% no número de linhas em serviço não era esperada. Esperava um crescimento, mesmo que pequeno, devido à Linha da Economia Família, que foi implantada?, explica.
Por sua vez, Jacqueline Lison, analista de telecomunicações da Fator Corretora, diz que os resultados estão dentro das expectativas. ?A empresa conseguiu manter um crescimento, e a margem Ebitda, de 45,5%, foi mais alta que a das outras companhias do setor. A queda no número de linhas em serviço já era esperada.?

Expectativas

Para este ano, Luciana, do BES Securities, acredita que a Telefônica continuará focada no crescimento da base de clientes do Speedy, o que, segundo ela, poderá amenizar os efeitos da queda dos serviços de voz tradicional. A analista da Fator Corretora, por outro lado, acha difícil prever o impacto da nova tarifação por minutos no hábito de consumo dos clientes. ?Não sabemos como será a aceitação do Aice e o impacto das novas tarifas de interconexão local. Mas acredito que a Telefônica leva vantagem em relação às concorrentes, pois já realizou investimentos em novas redes, só precisando adaptar sistemas?, diz Jacqueline.
Outros resultados divulgados mostram que a receita operacional líquida cresceu 8,2%, chegando a R$ 14,4 bilhões. Houve também um aumento do investimento (Capex) realizado de 24,9% em relação ao registrado no ano anterior. A empresa investiu aproximadamente R$ 1,7 bilhão em 2005 ante R$ 1,3 bilhão em 2004. A densidade telefônica, por sua vez, caiu de 31,7% para 30,9% de 2004 para 2005.

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