O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, divulgou por meio de press release oficial do ministério encontro realizado em Dubai com o vice-ministro de telecomunicações da China, Zhang Yunming, e representantes da Huawei. Segundo o ministério, foi discutida a ocupação da faixa de 6 GHz e o espectro para a 6ª geração de sistemas de Telecomunicações Móveis Internacionais (IMT), em que a delegação chinesa "pediu apoio aos brasileiros para um documento deles sobre a faixa de 6GHz, onde a China propõe dividir a frequência da faixa, destinando os primeiros 500 MHz para o Wi-Fi e os outros 700 MHz para o IMT". Segundo o ministério, o Brasil ficou de estudar uma solução para conciliar os interesses nesse tema.
O encontro, aparentemente, aconteceu como parte de uma negociação sobre outros temas: segundo o ministério, "a delegação brasileira pediu apoio para que a China aprove o posicionamento em relação à utilização de estações em plataforma de alta altitude (HAPs) como estações base IMT (HIBS) no serviço móvel em determinadas faixas de frequências abaixo dos 2,7 GHz já identificadas para IMT, a nível global ou regional. O uso do HIBS pode ser uma boa oportunidade para suprir as necessidades de conectividade no Brasil, principalmente em áreas não servidas ou com baixa oferta de serviço".
Ainda segundo o press release, o Brasil "agradeceu o apoio da China ao documento brasileiro de sustentabilidade espacial e proteção dos satélites GEO em relação aos satélites NGEO". O encontro com os representantes da delegação chinesa tratou também de matérias relacionadas ao G20, segundo o Ministério das Comunicações.
A Anatel já havia dado sinais de que o Brasil poderia rever a sua posição em relação à faixa de 6 GHz, ainda que, oficialmente, a posição do país seja sustentar a sua posição e ficar neutra nas votações relacionadas aos 6 GHz.