Vivo oferece solução de acesso a residências

A Vivo tomou a dianteira na concorrência das móveis pelos clientes de banda larga. A companhia lançou nesta quinta-feira, 20, em Brasília seu novo produto para complementar a família de serviços de dados: o Vivo Flash. Com foco na clientela não contemplada pelas concessionárias de telefonia fixa, a operadora acredita que conseguirá uma boa fatia do mercado, embora evite falar em números. Mas o lançamento prévio já trouxe boas perspectivas. Em um mês e meio de projeto piloto, a companhia conseguiu vender o novo serviço para 1,5 mil clientes, quase todos optando pelo plano ilimitado, o mais caro da certeira de negócios.
O desenho do Flash consiste em um modem desktop que amplifica o sinal móvel do EVDO ou do 1XRTT, garantindo uma velocidade real de até 800 kilobytes por segundo. O equipamento pode ser conectado à desktops ou notebooks via entrada USB e aí está o grande trunfo da operadora. Por ser portátil, o cliente poderá usar o equipamento em qualquer estado que disponha da cobertura da operadora, dando mobilidade para o pacote de banda larga.
Por isso, o grande foco da Vivo será os consumidores potenciais localizados em áreas rurais. ?Sabemos que os serviços que estão por aí ? ADSL, cable modem, etc ? são bastante restritos. Por isso esse serviço se soma muito ao projeto de inclusão digital do governo, ao levar a banda larga para o interior?, afirmou o vice-presidente de Regulamentação da Vivo, Sérgio Assenço.

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Modem subsidiado

A estratégia de captação de clientes envolve preços promocionais e um agressivo subsídio ao equipamento de conexão. A operadora está oferecendo três pacotes: o Light, com 500 MB de tráfego para download/upload por R$ 49,90 mensais mais R$ 0,20 o MB excedente; o Plus, com 4 GB de tráfego por R$ 69,90 mensais e R$ 0,10 o MB excedente; e o Ilimitado, onde o cliente paga mensalidade flat de R$ 99,90.
O preço do desktop modem também varia entre os planos. No Light, o cliente pagará R$ 299 pelo equipamento e no Plus, R$ 99. O maior subsídio é para o Ilimitado, onde o modem sairá por R$ 10. Em contrapartida, todos os tipos de contrato têm adesão mínima de 12 meses. Todos os valores apresentados nesta quinta-feira são promocionais para o lançamento e valem apenas para os clientes que contratarem o serviço até 31 de dezembro de 2007. O provedor está incluso gratuitamente no serviço.

Velocidade

Como a Vivo não dispõe de rede EVDO em todas as cidades, diversas áreas terão velocidade de conexão mais baixa do que o teto de 800 kbps anunciado pela operadora. De fato, apenas 27 cidades, onde a rede EVDO está ligada, deverão ter velocidade variável de 300 kbps a 800 kbps. Nas localidades onde o sistema de dados é o 1XRTT, a velocidade será de 70 a, no máximo, 144 kbps.

Briga por mercado

Para entrar na competição da banda larga, a Vivo escolheu com cuidado o mercado mais propício. E a briga tem foco claro no atendimento da Brasil Telecom. Embora a empresa não tenha sido citada no lançamento, ficou notório que o projeto piloto da Vivo buscou arrebanhar os clientes da concessionária, especialmente os da região Norte e Centro-Oeste.
As maiores vendas da empresa no período experimental foram feitas em Brasília, daí o interesse em anunciar o lançamento do produto na capital. Além de ter uma rica área rural, Brasília é um mercado atrativo por conta dos diversos condomínios fechados construídos a pequenas distâncias do centro da cidade, mas que até hoje não contam com o cabeamento da concessionária.
Segundo o diretor regional da Vivo para o Centro-Oeste e Norte, João Truran, 35% das vendas prévias ficaram concentradas no Distrito Federal. No Norte, o produto tem sido bem recebido no Amazonas e no Pará, estados onde existem grandes propriedades rurais sem acesso físico aos serviços de internet. Pelos cálculos da operadora, existem hoje cerca de 180 municípios no Norte sem qualquer tipo de acesso à banda larga em funcionamento.

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