Em seis dos 12 estádios da Copa do Mundo, as teles não poderão contar com o recurso das redes de Wi-Fi para o offload do tráfego, ou seja, aliviar a demanda pelas redes 3G e 4G. Nesses estádios, os administradores não permitiram que as teles instalassem as antenas porque querem eles próprios fazê-lo (e vender os serviços às próprias teles).
São eles: o Itaquerão, em São Paulo; Mineirão, em Belo Horizonte; Arena da Baixada, em Curitiba; Arena Pernambuco, em Recife; Castelão, em Fortaleza; e Arena das Dunas, em Natal. De acordo com o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, é provável que esses estádios usem a rede Wi-Fi de forma "comercial", ou seja, vão cobrar dos usuários.
Mas a falta da rede Wi-Fi não é o único problema de cobertura que as teles enfrentam nas arenas. Especialmente em São Paulo e em Curitiba, já é certo que não haverá tempo hábil para a fase de testes da rede. "Em Curitiba e em São Paulo, ainda que a gente trabalhe todo o tempo que nos for permitido, não teremos tempo para fazer os testes necessários", afirma o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.
O que contribuiu para que a instalação dessa infraestrutura esteja sendo feita em cima da hora foi o impasse entre os administradores e as teles sobre o aluguel de espaço para a instalação das antenas. O presidente da Claro, Carlos Zenteno, fez um "chamado" para que essa questão seja superada. "Temos que deixar de lado o negócio de aluguel dos estádios. Faço um chamado para que possamos instalar os equipamentos o quanto antes”, disse ele.
Além disso, no caso dos estádios mais críticos (São Paulo e Curitiba), as teles não puderam entrar antes porque as obras como um todo atrasaram. Os executivos participaram de audiência pública no Senado Federal para discutir qualidade dos serviços de telecomunicações.