Negociação da Ericsson com teles em M2M está em fase final, revela diretora

A Ericsson conversa com todas as operadoras móveis brasileiras sobre projetos de machine-to-machine (M2M). E essa negociação está em fase final. Pelo menos é o que garante a diretora de desenvolvimento de mercado América Latina da Ericsson, Carla Belitardo. "Estamos em fase final de diálogo com todas as operadoras móveis do Brasil e em um nível estratégico da conversa, com definições de planos de negócios, trials", revela a diretora, que acredita que dois recentes movimentos da empresa serão fundamentais nessas negociações: o lançamento de uma plataforma de conectividade de dispositivos (EDCP), no Mobile World Congress, em Barcelona, e a aquisição da plataforma M2M da operadora norueguesa Telenor, anunciada nesta quarta-feira, 20. Telenor que, com isso, se torna a primeira operadora usuária da tecnologia EDCP.
"Com essas soluções, ofereceremos não apenas tecnologia M2M na camada de conectividade, dos módulos, mas também do enabler, para possibilitar as operadoras a empacotar soluções e serviços M2M", explica Carla.
De acordo com a executiva, a Ericsson passa agora a disponibilizar, não só às teles – segundo ela, principalmente as móveis – como também a clientes corporativos e governamentais, soluções M2M em cloud computing. Ela admite que as operadoras são ainda um pouco reticentes com o sistema em nuvem, por trafegar informações até confidenciais de clientes via internet, porém ela lembra que há cláusulas de qualidade (QoS) e níveis de serviços (SLA) previstos, além de se tratar de redes privativas. "Com soluções em nuvem, as teles ganharão em Capex e Opex, além de flexibilidade nas operações", explica.

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Carla acredita também que as redes virtuais móveis (MVNOs) alavancarão bastante o mercado de M2M, por trazer novas aplicações de mobilidade, conectividade e interatividade a esse setor.
Fistel
O tributo do Fistel continua sendo o principal entrave ao desenvolvimento do mercado M2M no Brasil, reclama a diretora da Ericsson. "Esse assunto é citado nas conversas com as operadoras e precisa ter uma tratativa diferenciada, deve estar na agenda da Anatel, para a tecnologia M2M ganhar escala no país", diz. O problema é que as operadoras tem de pagar pelo Fistel uma taxa de R$ 26 no ato da ativação da linha e outra de R$ 13 anual, por assinante. E os terminais móveis instalados em módulos de M2M teriam também de pagar esse tributo.

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